Isaura Daniel isaura.daniel@anba.com.br.
São Paulo – As exportações brasileiras de vestuário ao mercado árabe caíram 16% no primeiro bimestre do ano. As vendas, que incluem acessórios, somaram US$ 674 mil em janeiro e fevereiro deste ano. No mesmo período de 2011 estavam em US$ 809 mil. “Não caiu só para os árabes, caiu para todos. Nossas vendas para o mundo tiveram queda de 40% em 2011”, afirma o presidente do Sindicato do Vestuário de Minas Gerais, Michel Aburachid. Minas foi o segundo estado que mais exportou para os árabes no bimestre, atrás de São Paulo.
Sobre o pequeno volume dos embarques, Aburachid afirma que é necessário haver mais promoção comercial do setor na região. “Nós temos potencial, eles gostam do nosso produto, temos criatividade”, afirma. Ele diz, no entanto, que o que mais dificulta a exportação brasileira de vestuário é o câmbio. “O que estamos exportando é moda festa, moda praia, moda íntima. A moda casual, do dia a dia, na qual temos uma produção maior, não estamos conseguindo vender porque não temos preço.”
No ano passado como um todo, o Brasil exportou ao redor de US$ 4 milhões para o mercado árabe em confecções. Neste ano, do total vendido até fevereiro, um pouco menos da metade foi de peças e acessórios em malha. Os principais produtos exportados foram os vestidos, com US$ 323 mil. Também a moda praia feminina respondeu por grande volume, com US$ 148 mil. Os dois produtos responderam por 70% do total vendido pelas confecções aos árabes.
As indústrias de roupas que mais venderam para o mercado árabe no primeiro bimestre deste ano foram as de São Paulo, seguidas por Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os envios de confecções paulistanas renderam receita de cerca de US$ 300 mil, os das mineiras, US$ 286 mil, e os das fluminenses, US$ 58 mil. Houve queda nas exportações dos três estados para o mundo árabe. Também exportaram para a região empresas da Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Ceará.
Fonte: ANBA