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05/03/2012
Plano Nacional da Cultura Exportadora começará em abril
 
Embora representem 99% das companhias existentes no País, as empresas de micro e pequeno portes equivalem a apenas 46% das exportadoras, apontam dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Para ampliar a participação das chamadas MPEs na pauta exportadora, o Sebrae se tornou, ao lado do Banco do Brasil, Senac, Caixa Econômica Federal e Correios, entre outras instituições, uma das 14 entidades integrantes do Plano Nacional da Cultura Exportadora 2012-2015, criado pelo MDIC para fomentar políticas de exportação nos estados e que entrará em operação a partir de abril.

O Sebrae vai participar do Plano Nacional da Cultura Exportadora (Bernardo Rebello/Sebrae)
Paulo Alvim, gerente de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, explica que a ideia do projeto – que integra o Plano Brasil Maior – é convergir as diferentes ações de fomento às exportações promovidas por diversas instituições ligadas ao governo federal. “Com o Sebrae, que opera em nível estadual, o programa conseguirá ter um contato direto com os empresários”, acredita.
Alvim diz que, atualmente, a participação das MPEs na receita total das vendas externas brasileiras é de apenas 1,2%. “Há pouco tempo, esse percentual chegava a 2%. O certo é que esse índice vem caindo ano após ano, em um movimento ligado ao crescente volume de embarques das grandes empresas de mineração e do agronegócio, que pegaram carona na demanda da China”, afirma.

O executivo revela que o Sebrae vai atuar basicamente em duas frentes: a primeira está ligada à inteligência, passando informações sobre oportunidades de negócios em outros países aos empresários. Já a segunda consiste em cursos online de capacitação. “Estes empreendedores precisam ser orientados para atuar com desenvoltura no exterior. Saber, por exemplo, o preço ideal de seus produtos nos mercados-alvos é fundamental. Também estão planejadas palestras e consultorias que contribuirão para a inserção internacional das MPEs de forma competitiva”, avalia Alvim.

De acordo com os dados mais recentes do MDIC, divulgados pelo Sebrae, o volume embarcado pelas MPEs cresceu 49% entre 2009 e 2010, contra 32% da média geral das exportações brasileiras no período. Há dois anos, o segmento comercializou US$ 1,9 bilhão. “As micro e pequenas empresas fazem parte do tecido produtivo e econômico de cada estado, sendo responsáveis por uma grande fatia da geração de emprego e renda no Brasil. Elas serão beneficiárias diretas das ações escolhidas para cada unidade do País”, analisa Tatiana Lacerda Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC.

Fonte: Revista BB
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