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17/02/2012
Missão ao Oriente Médio gera mais de US$ 80 milhões em negócios para o Brasil
 
Delegação de 47 empresas, chefiada pelo MDIC e organizada pela Apex-Brasil, passou por Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Em Dubai, a Apex-Brasil assinou quatro memorandos de entendimento com os Emirados para ampliar as relações comerciais entre os dois países

Vinte e seis empresas brasileiras dos setores de casa e construção civil, alimentos e bebidas que integraram Missão Comercial ao Oriente Médio, encerrada nessa quinta-feira (16), concluíram sua participação com expectativas de negócios totais de US$ 81,3 milhões para os próximos 12 meses, após 503 encontros com 232 potenciais compradores dos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Omã, Bahrein, Catar, Kuwait, Jordânia e Líbano. A delegação foi chefiada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

De 12 a 16 de fevereiro, a Missão Comercial passou por Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos e teve representantes de 47 companhias, entre empresas, grandes empreiteiras e investidores brasileiros em busca de negócios com parceiros locais. Integraram a comitiva o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que participou da solenidade de abertura da Missão na etapa de Dubai, e o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges.

Cooperação com os Emirados Árabes Unidos
Como desdobramento das ações da Missão, Brasil e Emirados Árabes Unidos assinaram, na quarta-feira (15), quatro memorandos de entendimento para ampliar as relações comerciais entre os dois países. Os acordos foram assinados em Dubai por Mauricio Borges – com intermediação do Centro de Negócios da Apex-Brasil em Dubai – e por representantes de quatro instituições locais – Dubai Export, Dubai FDI, Jebel Ali Free Zone (JAFZA) e Dubai Media City.

Com a Dubai Export e a Dubai FDI, os acordos visam facilitar o estabelecimento de contatos locais para promover as exportações e a atração de investimentos por meio de ações conjuntas no Brasil e nos Emirados Árabes Unidos.
A parceria com a JAFZA tem por objetivo estabelecer um novo modelo de incubadora para empresas brasileiras na zona franca de Jebel Ali, fortalecendo a relação entre as partes. O acordo visa oferecer um melhor atendimento às empresas brasileiras que queiram se estabelecer e realizar negócios em Dubai e na região.

Já o acordo com a Dubai Media City permitirá a abertura de uma incubadora de empresas de serviços em Dubai a custos menores do que os normalmente praticados na cidade. O modelo adotado é semelhante ao do JAFZA, porém, nesta zona franca, não é permitida a instalação de empresas de serviços.

Na quinta-feira (16), a Missão teve na agenda 200 rodadas de negócios entre os empresários brasileiros e 27 potenciais compradores de Omã, Catar, Bahrein, Líbano e Kuwait. Paralelamente, investidores e representantes de grandes construtoras brasileiras participaram de encontros de negócios em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos).
O seminário “Invest in Brazil”, apresentado em Riad (Arábia Saudita) na segunda-feira e em Dubai na quarta-feira, forneceu detalhes de projetos para os setores de infraestrutura (portos, ferrovias e setor de energia) e construção civil (hotéis e logística) para um público de 90 potenciais coinvestidores e parceiros locais.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Fernando Pimentel, destacou a importância do Oriente Médio como destino das exportações brasileiras de produtos e serviços e fonte de investimentos para empresários brasileiros. “Com uma economia dinâmica e forte foco nas relações comerciais com os países vizinhos, os Emirados Árabes Unidos são uma excelente plataforma para reforçar as atividades comerciais entre o Brasil e os países da região”, disse Pimentel.

“O momento favorável que vive a economia brasileira traz grandes oportunidades de investimentos para empresários do Oriente Médio, permitindo a diversificação de seus portfólios de negócios no exterior”, complementou Mauricio Borges, presidente da Apex-Brasil.

Catar e Arábia Saudita

A Missão Comercial ao Oriente Médio começou no último domingo (12) em Doha (Catar), quando cinco grandes empreiteiras brasileiras participaram de seminário de posicionamento de imagem. Na ocasião, foram relatadas experiências sobre a qualidade técnica de obras brasileiras no Catar, com foco em grandes projetos de infraestrutura para a Copa de 2022 e parcerias com empresas locais visando a realização de obras ou projetos em outros mercados. O seminário teve a participação de 95 pessoas, entre representantes de ministérios e agências de governo responsáveis pelos grandes projetos de infraestrutura no país e de construtoras locais e internacionais, potencialmente interessadas em estabelecer parcerias no Catar.

A ação foi desenvolvida pelo recém-inaugurado escritório da Apex-Brasil em Doha, vinculado ao Centro de Negócios da Agência em Dubai, com apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira e do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Na segunda-feira (13), já em Riad (Arábia Saudita), as 23 empresas brasileiras que participaram de encontros com compradores locais realizaram 164 contatos e geraram negócios estimados em US$ 16,3 milhões. Na terça-feira (14), os empresários brasileiros tiveram, na programação, visitas técnicas a empresas locais na Arábia Saudita, antes de seguirem para Dubai.

Relações comerciais

Em 2011, o Brasil exportou US$ 3,476 bilhões para a Arábia Saudita. Os principais produtos comercializados foram carnes de galos/galinhas, não cortadas em pedaços, congeladas (US$ 824,034 milhões), minérios de ferro, aglomerados e seus concentrados (US$ 791,193 milhões) e açúcar de cana em estado bruto (US$ 458,220 milhões). Já as importações totalizaram US$ 3,093 bilhões, com destaque para os óleos brutos de petróleo (US$ 2,690 bilhões), naftas para petroquímica (US$ 111,061 milhões) e outros propanos liquefeitos (US$ 80,877 milhões).

As exportações brasileiras para os Emirados Árabes Unidos em 2011 totalizaram US$ 2,169 bilhões. Os principais produtos vendidos foram outros açúcares de cana, beterraba, sacarose (US$ 483,494 milhões), açúcar de cana em estado bruto (US$ 353,667 milhões) e minérios de ferro aglomerados e seus concentrados (US$ 300,475 milhões). No mesmo período, as importações brasileiras dos Emirados Árabes Unidos ficaram em US$ 478,672 milhões, com destaque para querosenes de aviação (US$ 265,784 milhões), enxofre a granel, exceto sublimado, precipitado ou coloidal (US$ 59,709 milhões) e outros propanos liquefeitos (US$ 54,343 milhões).

Fonte: Apex-Brasil
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