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09/02/2012
Oriente Médio é mercado de destaque para o Brasil
 
A região é uma das que têm maior potencial para aumentar as importações de produtos brasileiros nos próximos cinco anos, diz o diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, Rubens Gama.
São Paulo – O Oriente Médio é um dos mercados de destaque na estratégia brasileira de promoção comercial. A informação é do diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos (DPR) do Itamaraty, Rubens Gama, que visitou a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, nesta terça-feira (07). Segundo ele, isso significa que os órgãos do governo que atuam na área, especialmente o DPR e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), consideram que a região é uma das que tem maior potencial para aumentar as importações de produtos brasileiros nos próximos cinco anos.

Nesse sentido, o governo pretende promover a participação brasileira em “várias” feiras de negócios e outros eventos no Oriente Médio, este ano e nos próximos, com apoio da Câmara Árabe. “A ideia é que sempre que um grupo de empresas tenha interesse em expor em uma feira, organizar uma missão, nós podemos dar apoio”, afirmou o diplomata.

Esse suporte no exterior é fornecido pelo setor comercial das embaixadas brasileiras. Em novembro, o DPR realizou em Doha, no Catar, uma reunião com representantes desses departamentos lotados no Oriente Médio e Norte da África. No encontro, de acordo com Gama, foram identificados alguns dos principais eventos de negócios da região, além de setores que podem ser explorados, como os de alimentos, material de construção, confecções de alto padrão, calçados e produtos de couro sofisticados, joias, máquinas e equipamentos, entre outros.

Os resultados dessa reunião foram detalhados em um relatório publicado pelo Itamaraty na semana passada. O levantamento inclui informações sobre países árabes e não árabes. De acordo com o diplomata, estudos de mercado mais detalhados deverão ser feitos.

Entre ações de promoção previstas pelo governo este ano estão a missão comercial ao Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, que será realizada pela Apex de 12 a 16 de fevereiro, a participação na feira agrícola argelina Djazagro, de 22 a 26 de abril, e a Feira Internacional de Cartum, no Sudão, que ocorreu no final de janeiro. Todas as atividades têm apoio da Câmara Árabe.

Para Gama, o Brasil necessita ainda preencher algumas “lacunas” no relacionamento com os árabes. Ele disse, por exemplo, que os empresários precisam cultivar relações de longo prazo na região, investindo em presença constante nos países onde se busca negócios e lembrando que os árabes privilegiam o contato pessoal.

Ele acrescentou que alguns mercados podem ser melhor explorados e contou que recebeu recentemente as visitas dos embaixadores da Tunísia e do Marrocos em Brasília, que manifestaram interesse em estreitar os negócios de seus países com o Brasil.Além do Oriente Médio, outros mercados considerados de destaque pelo governo são a África, Ásia - principalmente o Sudeste Asiático - e a América Latina. “Isso não quer dizer que nós vamos deixar de tentar ampliar as relações com mercados mais maduros, mas as maiores oportunidades parecem estar nos emergentes”, declarou. “Nos maduros, as posições [de mercado] estão tomadas e esses países não passam por um momento de grande expansão”, concluiu.
Fonte: ANBA
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