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07/02/2012
Sudão espera atingir autossuficiência em commodities
 
Ministro da Indústria diz que, ao fim de programa de três anos, país será capaz de produzir todo o açúcar que consome e, em 2013, terá superávit na exportação de óleos vegetais.
São Paulo – O ministro da Indústria do Sudão, Mohammed Abdul Wahab Osman, disse na sexta-feira (03) que o país africano terá autossuficiência na produção de commodities dentro de três anos. De acordo com informações da Qatar News Agency, ao fim de um programa desenvolvido para reduzir a dependência do Sudão de produtos básicos, o país não precisará mais comprar açúcar de outros países e terá lucros com a exportação de óleos vegetais.

Em um comunicado divulgado para a imprensa, Osman afirmou que o país, no fim de 2012, terá produção de um milhão de toneladas de açúcar, 50 milhões de litros de etanol, 1,2 mil toneladas de ração para animais e 169 mil toneladas de óleos vegetais.

Com a separação entre Norte e Sul, em julho de 2011, o Sudão perdeu a maior parte das suas receitas de petróleo. À ANBA, em novembro, o ministro da Agricultura do Sudão, Abdelhalim Almutafie, disse que a estratégia é substituir as receitas perdidas do petróleo com aquelas que serão geradas na agricultura, processamento de alimentos e exportação. Os sudaneses acreditam que as qualidades do Sudão neste setor devem ser exploradas.

Cerca de 80% da área agriculturável do Sudão ainda não foi explorada. O país deseja desenvolver, especialmente, culturas de soja, trigo, sorgo, girassol, algodão, ovinos, frangos, pecuária, horticultura e aquicultura. Os principais desafios do país, no entanto, são desenvolver parcerias na área técnica e obter financiamento para estes projetos. Os sudaneses têm buscado parcerias no Brasil e empresas brasileiras já atuam na nação africana.

Além de alcançar a autos suficiência em algumas commodities, o Sudão deverá exportar mais de 55 mil toneladas de goma arábica. Ainda este ano o país vai começar a operar tecelagens, que o ajudarão a reduzir as importações têxteis e confecções.
Fonte: ANBA
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