São Paulo – Empresas brasileiras exportadoras de frangos vão receber neste final de semana uma missão egípcia. De acordo com o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, o grupo vai visitar abatedouros e verificar se o abate halal é seguido à risca. “Como eles consomem produtos halal, eles vêm ver se a prática é executada ao pé da letra, e para conhecer as plantas”, afirmou Turra.
O executivo acrescentou que as visitas de importadores são rotineiras e não significam que há preocupação com a sanidade da produção. No caso do Egito, como no ano passado houve mudança do regime político, com a queda do ditador Hosni Mubarak, “agora há necessidade de revalidar tudo”, segundo ele.
Turra ressaltou que o Brasil “é modelo” em abate halal e representantes do setor costumam ser chamados para falar em eventos internacionais sobre como o País adotou e desenvolveu a prática. É chamada de halal, que quer dizer “permitido” em árabe, a preparação de alimentos e de outros produtos de acordo com a tradição islâmica.
Para ele, o Egito “é um belo mercado”, que em 2010 comprou do Brasil “um volume incrível” de 124,4 mil toneladas, o equivalente a US$ 197 milhões. Com a crise política, as exportações para lá caíram 42,1% e ficaram em 72 mil toneladas, ou US$ 121,8 milhões, em 2011.
“Há espaço para recuperar o que foi perdido no ano passado”, afirmou Turra. Para ele, o Egito “está focado no Brasil”. “Eles adoram o nosso produto e gostam também de negociar com os brasileiros”, destacou.
As exportações de frango ao Egito ganharam fôlego no final da década passada, quando o país registrou casos de gripe aviária e a produção local foi praticamente extinta. Antes o mercado era protecionista e havia barreiras para importar.
Fonte: ANBA