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18/01/2012
Exportações cearenses crescem em 2011, mas ano termina com déficit
 
Fortaleza - O Ceará exportou em 2011 US$ 1,403 bilhão, o que mostra um crescimento de 10,5% em relação a 2010. Mesmo assim, a balança comercial cearense fechou o ano com déficit de US$ 1 bilhão. O crescimento registrado também é inferior ao acumulado das exportações brasileiras (26,8%) e da região Nordeste, 18,7%. A balança comercial brasileira permaneceu superavitária em US$ 29,7 bilhões. As exportações e importações do Ceará em 2011 foram as maiores dos últimos dez anos.
O estado também terminou 2011 na 14ª posição dentre os estados brasileiros exportadores, e na terceira posição dentre os nordestinos. Os dados são do trabalho Ceará em Comex, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Os principais setores exportadores cearenses são calçados, castanha de caju, couros, fruticultura e têxteis, responsáveis por 66,3% do total das vendas no ano passado. Calçados é o principal exportador, mas permanece em queda (9,3%) quando comparado a 2010. Dentre os principais exportadores, eletrônicos e eletrodomésticos, têxtil, confecções, máquinas e metal-mecânico e móveis são os únicos que apresentam saldo comercial negativo em 2011. No ano passado, os dez principais produtos exportados representaram 61,7% do valor total exportado pelo Ceará.

O Porto do Pecém foi o principal corredor de exportação, com alta de 18,2% em comparação a 2010, seguido pelo Porto de Fortaleza (Mucuripe), com alta de 7,5%. Juntos, os dois portos foram responsáveis pelo escoamento de 88,5% das exportações. Dentre os corredores de exportação, destaca-se o porto de Parnamirim (RN), que registra aumento de 80.373,3% devido, principalmente, à exportação de melões frescos.

Com relação às importações, o crescimento cearense em 2011 (10,8%) é inferior ao crescimento das importações brasileiras (24,5%). Os dez principais produtos importados pelo Ceará representam 40,9% do valor total importado, com destaque para castanha de caju, fresca ou seca, com casca, oriunda de Gana, Guiné-Bissau, Costa do Marfim e Nigéria. É importante destacar que os dois produtos não registram participação em 2010. Outros destaques são algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado, oriundo dos Estados Unidos e da Argentina, com crescimento de 255%; outros tipos de algodão não cardado nem penteado (NCM 5201.00.90), oriundos principalmente dos Estados Unidos, com crescimento de 362%, e óleo de dendê, em bruto, oriundo da Colômbia, com crescimento de 399,8%.

Fonte: CNI
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