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12/01/2012
Exportações fluminenses de moda crescem 134% nos últimos 11 anos
 
Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro apresentou expressivo crescimento nas exportações de moda entre 2001 e 2011 (o dado para este último ano é de janeiro a novembro), saltando de US$ 9,414 milhões para US$ 22,027 milhões, o que representou um aumento de 134%. Com isso, a participação do estado nas vendas do setor no país passou de 3,63% em 2001, para 13,46% em 2011, consolidando a terceira posição entre os maiores exportadores, posição que ocupa desde 2006. São Paulo e Santa Catarina lideram o ranking. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).
O estado do Rio também apresentou valorização de 185,9% no preço médio de seus produtos de moda exportados, evoluindo de US$ 32,30 por quilo em 2001 para US$ 92,34 por quilo em 2011. O preço médio da moda fluminense é o maior entre os estados exportadores, confirmando a vocação do Rio para a produção de moda com alta qualidade e diferenciação.
Ao contrário do crescimento alcançado pelo estado do Rio, São Paulo e Santa Catarina apresentaram queda em suas exportações de moda. Em 2001, Santa Catarina exportava US$ 104,878 milhões, caindo para menos da metade em 2011, quando exportou US$ 48,974 milhões, uma redução de 53,30% no período. São Paulo apresentou queda de 25,04%, com suas exportações reduzidas de US$ 72,95 milhões em 2001, para US$ 54,681 milhões em 2011. No mesmo período, a exportação de moda do Brasil sofreu uma queda de 36,80%, de US$ 259,008 milhões em 2001 para US$ 163,696 milhões exportados em 2011.
A capacidade de agregar valor aos produtos exportados está expressa na nova composição dos parceiros comerciais do estado do Rio. Em 2011, países que são referências mundiais da moda, com altos padrões de exigência, passaram a ser os maiores consumidores dos produtos fluminenses. Em 2001 a França respondia pelo consumo de 0,05% das exportações de moda do estado, saltando para 16% em 2011. O Japão aumentou sua participação de 1,3% em 2001 para 5% em 2011. Além disso, os Estados Unidos se mantiveram, durante todo o período, como o principal destino da moda fluminense.
Os países desenvolvidos dominam a pauta como principais destinos dos produtos de vestuário do estado do Rio, respondendo por 71,7% das exportações em 2011, enquanto em 2001 representavam 51%. O segmento de vestuário feminino foi em 2011 o principal exportador de moda do Rio, com US$ 8,188 milhões, representando 37,2% das vendas fluminenses de moda para o exterior. No entanto, a moda praia ainda é o segmento exportador que se mantém com o preço médio mais valorizado, registrando em 2001 US$ 61,05 por quilo e em 2011 US$ 135,19 por quilo (121,4% de aumento). Cabe ressaltar que todos os segmentos de moda do Rio registraram crescimento de preço entre 2001 e 2011.
EXPORTAÇÃO DO RIO CRESCE MESMO EM PERÍODO DE CRISE ECONÔMICA -Mesmo com um cenário externo recessivo, os produtos de vestuário exportados pelo Rio continuam valorizados, mantendo-se nos últimos 5 anos com o melhor resultado entre os estados exportadores, confirmando a vocação fluminense para produtos de alto valor. O preço médio da moda fluminense estava em US$ 70,65 por quilo em
2007 e passou a US$ 92,34 por quilo em 2011.
No período que abrange a crise econômica mundial, a participação do Rio no total das exportações brasileiras saltou de 8,78% em 2007 para 13,46% em 2011, com um total exportado de US$ 22,027 milhões.
Nestes cinco anos, as exportações de moda brasileira caíram 37%, de US$ 248 milhões em 2007 para US$ 163,6 milhões em 2011. São Paulo e Santa Catarina, que lideram o ranking dos exportadores, também apresentarem resultados negativos: - 40,6% e -44%, respectivamente. As vendas fluminenses, em contrapartida, cresceram 1,2% entre 2007 e 2011.
Além disso, o Rio teve a menor queda em termos de quantidade de produtos de vestuário exportados (22,58%), contra quedas mais expressivas de São Paulo e Santa Catarina, de 66% e 65%, respectivamente. A média brasileira de redução na quantidade exportada no período foi de 61%
Fonte:CNI
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