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11/01/2012
Exportações de aves crescem 19%
 
Brasil exportou o equivalente a US$ 8,85 bilhões em 2011. Em volumes, o aumento foi de 2,3%. O preço médio do frango avançou 17,4% no ano passado.
São Paulo- A receita das exportações da avicultura brasileira cresceu 19,7% em 2011 na comparação com 2010. Ano passado, o país exportou o equivalente a US$ 8,85 bilhões em produtos avícolas, um recorde na história do ramo. Em volume, isso representou a venda de 4,118 milhões de toneladas, 2,3% a mais que em 2010. Os dados são da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e foram divulgados nesta segunda-feira (09), em entrevista coletiva na sede da entidade, em São Paulo.

O crescimento das exportações foi puxado pelo frango, que teve aumento ainda maior que o setor em geral. As vendas externas da ave cresceram 21,2% em receita (US$ 8,253 bilhões) e 3,2% em volume (3,942 milhões de toneladas) em relação a 2010. O preço do frango foi o principal fator na diferença entre o crescimento da receita e do volume. O preço médio das vendas brasileiras deste tipo de ave no ano passado foi de US$ 2,093 mil por tonelada, 17,4% a mais que no ano anterior.

“O comportamento do dólar durante o ano foi desafiador para o setor”, destacou Francisco Turra, presidente da Ubabef. “Durante o período em que o dólar estava baixo, a briga foi para repor o preço em dólar. Quando a moeda subiu, a briga foi para baixar o preço em dólar”, apontou.

Apesar do crescimento das exportações, Turra mostrou que a empolgação do setor é mesmo com o mercado interno. Em 2011, o consumo per capita de frango no Brasil foi de 47,4 quilos, 7,48% a mais que em 2010. “O nosso grande mercado continua sendo o mercado interno brasileiro”, disse. De fato, o mercado doméstico consumiu 69,8% da produção de frango em 2011, enquanto 30,2% foi destinada à exportação.

As exportações de ovos tiveram redução tanto na receita quanto no volume. Em valores, o Brasil apresentou queda de 31% (US$ 28,2 milhões) e em volume, 40% (16,6 mil toneladas) em relação a 2010. As exportações de carne de peru somaram 141,2 mil toneladas, com redução de 10,5% no volume, mas a receita cresceu 4,7%, totalizando US$ 444,6 milhões. O preço médio das vendas externas de peru em 2011 foi de US$ 3,149 mil a tonelada, 17% a mais que em 2010.

As vendas externas de carne de pato, ganso e outras aves totalizaram 1,64 mil toneladas, 61,2% a menos que em 2010. Já a receita teve redução de 40,2%, ficando em US$ 6,99 milhões. Apesar da queda nas vendas destes produtos, o preço médio deles aumentou 54% na comparação com 2010, ficando em US$ 4,274 por tonelada.

Destinos e perspectivas

Os países do Oriente Médio continuaram em destaque nas exportações da avicultura brasileira em 2011. A Arábia Saudita foi o maior importador do frango brasileiro, com 16%. Em seguida, vieram os países da União Europeia (12%), Japão (11%), Hong Kong (9%), Emirados Árabes Unidos (5%), China, Venezuela e África do Sul (5% cada), Kuwait (4%) e Iraque (3%).

Os Emirados tiveram destaque também nas importações de ovos brasileiros (três mil toneladas) e carnes de pato, ganso e outras aves (111,5 toneladas).

Para 2012, Turra projetou um crescimento de 2% para todo o setor, sem separar o que será aumento de produção e exportações. Em 2011, o total da produção de frangos no país foi de 13,058 milhões de toneladas, apresentando 6,8% de crescimento na comparação com 2010, um recorde na história do setor. O presidente da Ubabef afirmou ainda que aposta nas boas condições sanitárias do Brasil para que o País aumente suas vendas externas.

“Continuamos com uma produção sanitária impecável, enquanto alguns países da Ásia estão sofrendo com a gripe aviária. Mas este não será um ano de euforia, será um ano trepidante”, disse o presidente da Ubabef. A entidade realizará ações de promoção no exterior, como participação em feiras, a realização de workshops e o convite a jornalistas estrangeiros para que visitem o Brasil e conheçam o setor avícola do País.

“O setor está trabalhando com cautela. No Sul, a estiagem atrapalhou 60% da produção de milho (um dos principais insumos do setor). Isso significa o encarecimento de custos. Não vamos empatar [com 2011], mas admitimos crescer pouco”, destacou Turra.
Fonte: ANBA
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