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05/01/2012
Importação de cosméticos bate recorde em 2011
 
A disparada no consumo de perfumes estrangeiros deverá conduzir o setor de cosméticos brasileiros a um déficit na balança comercial em 2011, estima a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). De janeiro a novembro (dados mais recentes da entidade), as importações do setor alcançavam o volume recorde de US$ 578 milhões, crescimento de 8,2% frente a igual período de 2010, enquanto as exportações também totalizavam um valor recorde de US$ 480,7 milhões (+9,3%). Com isso, o saldo negativo já alcançava US$ 97,3 milhões no acumulado dos onze primeiros meses do ano passado.
João Carlos Basílio, presidente da Abihpec, explica que, dependendo do resultado de dezembro (que será auferido em março deste ano), o Brasil poderá ultrapassar o Japão e se tornar o segundo maior mercado consumidor de cosméticos do mundo, atrás apenas dos EUA. Basílio revela que a maior parte das importações são oriundas de operações intercompany, quando a matriz de uma empresa vende para a filial de outro país.
“Os produtos importados alcançam só 10% do mercado brasileiro, a maioria no segmento de perfumes e águas de colônia. O que realmente eleva o déficit da nossa balança comercial são as operações intercompany, quando empresas como a Unilever repassam produtos fabricados em outros países para a matriz brasileira. Nos demais segmentos, a indústria brasileira consegue suprir bem o mercado”, afirma.
De acordo com o executivo, o Brasil vendeu US$ 6,2 milhões em itens de perfumaria – alta de 6,2% frente ao acumulado até novembro do ano passado. No período, ilustra, o País importou US$ 104 milhões dos mesmos produtos, crescimento de 16,6%. “Com a entrada da classe C brasileira no consumo, um novo grupo de mulheres passou a comprar produtos de beleza, o que atraiu a atenção do mercado internacional”, explica. “Hoje o País tem grande expertise na produção de xampus, condicionadores, cremes e produtos afins”, relata.
Os brasileiros atualmente estão em 26° lugar no ranking mundial de exportadores de cosméticos. As principais compradoras das mercadorias nacionais são sul-americanas (Argentina, Chile e Venezuela) e os EUA. Já o Brasil importa principalmente da Argentina, EUA, França, China e Alemanha. Segundo Basílio, a indústria brasileira de cosméticos quer, ao lado do projeto Beautycare Brazil, organizado em parceria com a Apex-Brasil, ficar entre os 20 maiores exportadores até 2015.
Fonte: BB
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