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04/01/2012
Artesãos mineiros exportam para a Europa
 
Importadora holandesa encomendou 1,5 mil itens feitos no Vale do Jequitinhonha e em Santo Antônio do Leite, em Ouro Preto.
Belo Horizonte - Artesãos do Vale do Jequitinhonha e do distrito de Santo Antônio do Leite (Ouro Preto), em Minas Gerais, receberam a primeira encomenda de mais de 1,5 mil produtos de uma grande distribuidora europeia. A iniciativa integra as ações do projeto piloto desenvolvido pelo Sebrae em Minas para aumentar a participação do artesanato mineiro no mercado internacional.

A compradora é a Barbosa do Brasil, empresa holandesa que distribui produtos genuinamente brasileiros a uma grande rede de mais de mil lojas de presentes, chamada World Store, na Holanda e na Alemanha. Nessa organização são vendidas peças que seguem os princípios do Comércio Justo, como respeito ao meio ambiente e à legislação trabalhista, transparência na gestão e rígido controle de qualidade.

De acordo com Frieda Lammerds, da Barbosa do Brasil, o consumidor europeu está cada vez mais exigente em relação aos produtos feitos de maneira socialmente justa, economicamente viável e ambientalmente correta. “Eles compram produtos com qualidade e práticos, mas também querem saber como foi produzido”, conta.

O Catálogo de Artesanato Minas Gerais, criado pelo Sebrae para estimular as vendas do artesanato mineiro, foi encaminhado à empresária, que se impressionou com a qualidade e o design da cerâmica produzida nas comunidades de Coqueiro Campo e Campo Alegre, no Vale do Jequitinhonha, no nordeste do estado.

Frieda fez questão de visitar Minas Gerais para conhecer os produtos e escolher as peças. A encomenda inclui itens como travessas, moringas, vasos, copos, bonecas e galinhas feitos em cerâmica. “É um sonho ter nossos produtos nas vitrines de lojas internacionais”, diz a presidente da Associação dos Artesãos de Campo Alegre, Eunice Pinho.

A iniciativa de proporcionar o contato direto do artesão com o comprador faz parte do projeto do Comércio Justo do Sebrae em Minas Gerais. O projeto piloto inclui também a participação dos artesãos de Santo Antônio do Leite, localidade próxima a Ouro Preto, que produzem semijoias com pedras preciosas.

Em um primeiro contato com o grupo, Frieda repassou informações sobre as exigências do consumidor europeu e identificou o produto com potencial para exportação. “Vamos testar a aceitação desses produtos no mercado europeu. Se der certo, iremos aumentar nossas encomendas”, afirma a compradora.
Fonte: ANBA
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