Notícias
20/12/2011
Brasil quer vender mais arroz para árabes
 
Os mercados jordaniano e saudita, juntamente com outros seis países, foram definidos como alvos de um programa de aumento de exportações de arroz do Brasil. O projeto faz parte de um convênio firmado entre a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (Abiarroz) para o planejamento estratégico do setor. Também fazem parte da lista de países Angola, África do Sul, Nigéria, Espanha e Cuba. Um último mercado ainda está em definição.
"A partir de uma seleção de 20 países, foi considerado, entre outras coisas, as importações totais de arroz do país, a taxa de crescimento das importações, as exportações brasileiras, os principais concorrentes naquele mercado, eventual tarifa aplicada ao Brasil, o consumo de alimentos, além de outras variáveis como farináceos, óleo, a produção de arroz no país, PIB, população local", diz a diretora executiva da Abiarroz, Andressa Silva. Todos estes pontos, segundo ela, foram somados à percepção do setor orizícola sobre os países.

O objetivo do projeto é elevar as exportações brasileiras de arroz já que existe um excedente crescente de oferta no Mercosul. O Brasil, por ser o maior mercado consumidor e ter política de garantia de preços, acaba recebendo o que os demais países do bloco não conseguem exportar para outras nações. "A ideia é gerar um programa que viabilize o controle entre excedente e exportação para não provocar excesso de produção no mercado interno e, em decorrência, um declínio de preços", diz Silva.
O Brasil produziu 11,9 milhões de toneladas de arroz na safra 2011/2012, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O consumo interno é de 12,5 milhões de toneladas e as importações 800 mil toneladas. Na colheita anterior, a produção estava em 13,6 milhões de toneladas, o consumo em 12,5 milhões de toneladas e a importação em 750 mil toneladas. Na safra 2009/2010 a colheita foi de 11,6 milhões de toneladas.
A possibilidade do projeto de exportação de arroz surgiu a partir de discussões da Abiarroz com a Apex. Em abril deste ano foi realizado um projeto comprador, no qual foram promovidas rodadas de negócios com importadores de nove países. Com o sucesso do encontro, relata Silva, a Apex propôs o convênio para formulação de um plano estratégico para o setor, pensando na elaboração de estudos para indicação de metas e ações para internacionalização dos produtos dos orizocultores.
Uma primeira etapa do projeto já foi realizada, em outubro, com estabelecimento de uma visão de futuro para a cadeia, análise de ambiente externo e interno para o setor, levantamento de oportunidades e ameaças, pontos fortes e fracos, definição de prioridades, entre outros. A segunda etapa, feita neste mês, foi a indicação de mercados alvo para o desenvolvimento de ações de promoção do arroz nacional. Primeiro as empresas do setor indicaram 20 países e, em cima da lista, a Apex fez estudo de inteligência comercial.
O projeto terá duração de seis meses, no qual serão feitos estudos da cadeia e países selecionados, além de definidos projetos com metas e ações a serem realizados nestes mercados. Haverá, a partir disto, possibilidade de realização de rodadas de negócios, participação em feiras internacionais, promoção da imagem do produto lá fora, entre outros.

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe - ANBA
Voltar - Início