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05/12/2011
Crise externa pode comprometer investimentos
 
A crise externa é o principal risco aos investimentos das empresas em 2012. Para 75,7% dos empresários, as incertezas em relação ao desempenho da economia mundial podem comprometer os planos de expansão futuros. Em 2011, 42,2% das empresas adiaram ou cancelaram investimentos principalmente por causa das turbulências econômicas. As informações são da pesquisa Investimentos na Indústria, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira, 2 de dezembro.

Além da crise, as empresas estão sentindo o acirramento da concorrência. Por isso, pretendem aumentar os investimentos em inovação e ganhar competitividade. No próximo ano, 20,9% das empresas têm como principal foco dos investimentos a criação de produtos. O alvo de 11,6% será a implantação de novos processos. Neste ano, a criação de produtos foi o principal destino dos investimentos de 12% das empresas, e a inovação em processos era a prioridade de 6,3% das indústrias.

“Quando os mercados estão estagnados, as empresas buscam a diferenciação de produtos e processos como estratégia para enfrentar a concorrência mais acirrada”, explicou o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Segundo ele, mesmo em meio à crise os empresários brasileiros estão otimistas e, 86,6% pretendem investir em 2012. O percentual é próximo ao registrado neste ano, em que 88,7% aplicaram recursos na ampliação das fábricas e melhoria de processos e produtos.

O principal foco dos investimentos no próximo ano será o atendimento do mercado doméstico. Conforme a pesquisa, 74,6% das indústrias pretendem voltar os investimentos para atender principalmente ou exclusivamente o mercado doméstico. O percentual de empresas que focam os investimentos principalmente ou exclusivamente no mercado externo é de apenas 3,7%.

IMPORTAÇÕES - Conforme a pesquisa, 86,6% das empresas devem investir em máquinas e equipamentos. Dessas, 73,3% pretendem importar tecnologia do exterior. A principal fonte de financiamentos dos investimentos será o capital próprio. Contudo, as empresas pretendem reduzir a participação do uso dos recursos próprios da média de 58,2% registrada em 2011 para 52,9% em 2012.

A parcela média de participação dos bancos oficiais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deve crescer de 21,8% em 2011 para 29,3% em 2012.

A pesquisa Investimentos na Indústria foi realizada entre os dias 4 de outubro e 4 de novembro de 2011 com 592 empresas. Tem margem de erro de 2,7% e intervalo de confiança de 95%.

Fonte: Confederação Nacional da Indústria - CNI
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