O Catar deverá apresentar o maior crescimento percentual, passando a importar o equivalente a US$ 3,3 bilhões, um aumento de 153% em relação às atuais compras de alimentos. Em valores, o maior aumento virá da Arábia Saudita, que deverá comprar US$ 35,2 bilhões em comida, um aumento de 105% em relação aos atuais US$ 16,8 bilhões. A Arábia Saudita é, atualmente, responsável por 64,9% do total de consumo de alimentos no GCC.
Em 2020, os Emirados Árabes Unidos importarão US$ 8,4 bilhões, ao ano, em alimentos (133% a mais que as importações atuais); o Kuwait importará US$ 5,3 bilhões (crescimento de 130%), Omã, US$ 4,8 bilhões (aumento de 128%) e o Bahrein US$ 1,6 bilhão (incremento de 128%).
O consumo de alimentos na região cresce a uma taxa anual de 4,6%, devendo chegar a 51,5 milhões de toneladas por ano entre 2011 e 2015. Com baixa produção agrícola e escassos recursos hídricos, os países do Golfo são obrigados a importar 90% de seus produtos alimentícios.
Segundo Mohamed Jalal Al Reyaysa, porta-voz da Autoridade de Controle de Alimentos de Abu Dhabi, além do rápido crescimento populacional, fatores como o aumento da renda per capita e a rápida urbanização são os principais agentes que impulsionam a importação de alimentos no GCC. "A segurança alimentar é uma prioridade e um grande desafio para os governos regionais", afirmou em entrevista ao Times.
Em 2010, o Brasil exportou o equivalente a US$ 3,35 bilhões em alimentos para os países do Golfo. Em 2011, até outubro, as exportações do País para a região já somam US$ 3,91 bilhões. Os principais gêneros comprados pelos árabes nos dois períodos foram carne bovina e de frango, açúcar e cereais.
Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe - ANBA