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18/11/2011
Artesanato brasileiro em alta no mercado internacional
 
O artesanato brasileiro está na moda no exterior, principalmente devido à proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. Durante a 22ª Feira Nacional de Artesanato (FNA), que será realizada entre os dias 22 e 27 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG), este cenário tem tudo para ter continuidade. O mercado continua aquecido e a demanda pelo produto artesanal nacional segue um ritmo de crescimento.

De acordo com a coordenadora do setor de exportação do Instituto Centro CAPE, Malú Drumond, a expectativa para os seis dias de evento é realizar negócios da ordem de US$ 1 milhão, podendo alcançar US$ 3 milhões nos 12 meses seguintes. Para ela, mesmo com a crise na Europa, a venda do artesanato nacional tem potencial para permanecer no mercado externo. “Sabemos que uma crise na Europa, sem dúvida, afeta de forma negativa a exportação de produtos de segunda necessidade, no entanto, o artesanato nacional possui um diferencial que mantém a demanda constante no exterior”, explica.

São esperados durante o evento cerca de 150 compradores vindos de vários países como, Estados Unidos, Canadá, Bolívia, França, Índia, Portugal e Japão. Dentre os compradores presentes, quatro são convidados por meio do Projeto Comprador, parceria entre o Instituto Centro Cape, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira de Exportação de Artesanato (Abexa).

Prova de que o Brasil está em alta no exterior são as diversas ações realizadas por redes de lojas em torno do mundo com o tema verde e amarelo. Compradores da rede de lojas El Corte Inglés, da Espanha e Portugal, vieram ao Brasil em maio deste ano, em visita organizada pela Apex-Brasil, com o objetivo de comprar peças artesanais nacionais para realizar eventos temáticos sobre o Brasil em suas lojas na Europa.

Os representantes da rede deixaram no Brasil, € 1,1 milhão, sendo € 750 mil apenas em Minas Gerais. Outras duas redes de lojas interessadas no artesanato brasileiro são a Macy’s e T.J.Maxx, ambas dos Estados Unidos. O primeiro contato para a comercialização de produtos brasileiros foi feito através do Instituto Centro Cape (ICCAPE). Amostras e fotografias de produtos de artesãos mineiros já foram enviadas para representantes das empresas para que eles possam dar início ao processo de compra.

A quantidade de artesãos que exporta aumentou, de acordo com pesquisa do Instituto Vox Populi realizada em novembro de 2010, durante a Feira Nacional de Artesanato. Segundo dados da pesquisa, a proporção de artesãos que exportaram em 2010 foi de quase dois em cada dez, enquanto em 2009 este número era de um para cada dez. A pesquisa ainda aponta que exportar continua sendo uma ótima opção para o negócio do artesão, já que o seu faturamento pode chegar a cerca de R$ 12 mil contra R$ 8,5 mil dos artesãos que vendem apenas para o mercado nacional.

Fonte: Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - APEX
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