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17/11/2011
Missão ao continente africano projeta US$ 60 milhões em negócios
 
Comitiva organizada por MDIC e Apex-Brasil passará por Moçambique, Angola e África do Sul e reunirá 53 empresas dos setores de casa e construção civil, máquinas e equipamentos e alimentos, bebidas e agronegócios. Em Luanda, empresários do setor de casa e construção civil participarão do Brasil Casa Design

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promovem, de 21 a 30 de novembro, Missão Comercial a Moçambique, Angola e África do Sul. A comitiva reúne 53 empresas dos setores de casa e construção civil, máquinas e equipamentos e alimentos, bebidas e agronegócios. A estimativa é de que a Missão gere US$ 60 milhões em negócios imediatos e nos próximos 12 meses.

Nos três países, as empresas brasileiras se reunirão com potenciais compradores locais para rodadas de negócios e farão visitas técnicas. Em Luanda (Angola), 22 empresas participarão do Brasil Casa Design, evento que tem por objetivo estimular negócios entre empresários brasileiros e estrangeiros e trabalhar a percepção de formadores de opinião locais sobre a qualidade, a tecnologia e o design dos produtos brasileiros do setor de casa e construção civil. Em Joanesburgo (África do Sul), 37 empresas terão a oportunidade de se encontrar com compradores de Botsuana, Namíbia, Quênia, Tanzânia e Zâmbia.
“Além da geração de negócios, a Apex-Brasil quer trabalhar, nessa Missão, o aspecto da cooperação. Queremos que o Brasil ofereça as melhores soluções em produtos e serviços com alta tecnologia que possam atender às necessidades de Moçambique, Angola e África do Sul”, diz o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Além dos empresários que participarão das rodadas de negócios, integram a comitiva outras 20 empresas convidadas, dentre grandes construtoras e instituições governamentais.

Cronograma

As atividades da Missão começam no dia 21 de novembro em Maputo (Moçambique) com solenidade de abertura e rodadas de negócios. No dia 22, além das visitas técnicas, haverá seminário organizado pela Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique (CCIABM) e pela empresa brasileira Vale.
No dia 23, em Luanda, serão apresentados seminários para a abertura do Brasil Casa Design. Nas duas primeiras edições do evento, realizadas em Buenos Aires e na Cidade do Panamá, foram gerados negócios da ordem de US$ 18 milhões. O Brasil Casa Design de Luanda contará com exposição de produtos, mostra fotográfica e uma galeria de projetos brasileiros que ganharam troféus no IF Design e Idea, dois dos mais importantes prêmios do design mundial.

“A Apex-Brasil acredita que a realização de eventos cujo foco constante é a combinação de design inovador e produção sustentável, como é o caso do Brasil Casa Design, pode contribuir para reforçar a imagem do Brasil como país prolífico em criatividade e diversidade”, explica Mauricio Borges.
Ainda no dia 23, estão programadas reuniões com arquitetos, empreiteiras e empresas do setor de casa e construção civil de Angola, organizadas pela Apex-Brasil e pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA).

Nos dias 24 e 25, as empresas integrantes da Missão participarão de rodadas de negócios e de visitas agendadas individualmente com apoio do Centro de Negócios da Apex-Brasil em Luanda.

A etapa sul-africana da Missão começa no dia 28, com rodadas de negócios com compradores locais. No dia seguinte, os empresários brasileiros e representantes de tradings e comerciais exportadoras terão a oportunidade de se encontrar com compradores de cinco países do Sul da África (Botsuana, Namíbia, Quênia, Tanzânia e Zâmbia). A Missão se encerra no dia 30, com visitas técnicas individuais.

Brasil – Moçambique

Em 2011, de janeiro a setembro, as exportações brasileiras para Moçambique ficaram em US$ 61,030 milhões. No mesmo período, as importações brasileiras de Moçambique somaram US$ 3,559 milhões. Os principais produtos vendidos pelos brasileiros para o país africano foram trigo (US$ 12,145 milhões), derivados de óleo de soja (US$ 6,55 milhões), carnes de frango congeladas (US$ 5,87 milhões), resíduos sólidos de óleo de soja (US$ 4,975 milhões) e locomotivas a diesel e elétricas (US$ 4,068 milhões).

Os produtos mais comprados pelo Brasil de Moçambique, também de janeiro a setembro de 2011, foram alumínio em forma bruta, fumo, transistores montados, circuitos integrados monolíticos, assentos com armação de madeira, conectores, feixes ou cabos de fibra ótica e estatuetas e outros objetos de ornamentação de plásticos.

Brasil – Angola

Em 2011, de janeiro a setembro, as exportações brasileiras para Angola ficaram em US$ 729,612 milhões. Nesse mesmo período, o Brasil importou dos angolanos US$ 311,718 milhões. Os principais produtos vendidos pelos brasileiros para o país africano foram açúcares de cana, beterraba e sacarose (US$ 69,814 milhões), pedaços de frango congelados (US$ 50,627 milhões), frango congelado em pedaços (US$ 49,607 milhões), carnes de suíno congeladas (US$ 41,046 milhões) e farinha de milho (US$ 32,765 milhões).

Os produtos mais importados de Angola pelo Brasil, também de janeiro a setembro de 2011, foram óleos brutos de petróleo (US$ 195,031 milhões), outros propanos liquefeitos (US$ 83,883 milhões) e butanos liquefeitos (US$ 32,778 milhões).

Brasil – África do Sul

Em 2011, de janeiro a setembro, as exportações brasileiras para a África do Sul ficaram em US$ 1,232 bilhão. Nesse mesmo período, o Brasil importou dos sul-africanos US$ 700,677 milhões. Os principais produtos vendidos pelos brasileiros para o país africano foram frango congelado (US$ 144,345 milhões), veículos automóveis com motor de explosão (US$ 80,857 milhões), tratores rodoviários para semi-reboques (US$ 77,832 milhões), açúcares de cana, beterraba e sacarose (US$ 63,385 milhões) e minérios de ferro aglomerados e seus concentrados (US$ 36,271 milhões).

Os produtos mais comprados pelo Brasil da África do Sul, também de janeiro a setembro de 2011, foram carvão mineral do tipo hulha antracita não-aglomerada (US$ 85,918 milhões), motores de explosão para veículos (US$ 56,575 milhões), paládio em forma bruta ou em pó (US$ 52,985 milhões), chapas de ligas de alumínio (US$ 40,533 milhões) e herbicidas (US$ 34,997 milhões).

Fonte: Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - APEX
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