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16/11/2011
Apex-Brasil realiza em Miami Encontro de Negócios Brasil Trade
 
O Encontro de Negócios Brasil Trade Miami teve como resultado parcial no primeiro dia do evento expectativa de negócios para os próximos 12 meses de US$ 6.6 milhões. Durante dois dias foram realizadas 200 reuniões entre representantes de 14 comerciais exportadoras brasileiras (tradings) e compradores de países das Américas do Sul e Central (México, República Dominicana, Costa Rica, Equador e Peru), além de rodadas de negócios com compradores convidados das principais redes varejistas dos Estados Unidos.
O evento foi realizado no Hotel Intercontinental pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com o Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx) da Câmara de Comércio de São Paulo e com a participação do Centro de Negócios da Apex-Brasil em Miami.
As comerciais exportadoras brasileiras ofereceram para os mercados norte-americano e latino produtos dos setores de alimentos e bebidas. O portfólio das empresas apresentou sucos de frutas, chás, biscoitos, feijão, arroz, barras de cereais, mel, produtos dietéticos e light, bebidas energéticas, balas, açúcar mascavo, água de coco e pão de queijo, dentre outros itens.
“O processo de identificação de compradores da região e a sistemática adotada para a realização do evento conduziram para a montagem de agendas cheias para as comerciais exportadoras brasileiras”, explica Maurício Manfrê, coordenador da Unidade de Projetos Especiais da Apex-Brasil. “O perfil das tradings também é bastante diferenciado, porque elas já estão aqui prontas para fechar negócios”.
A GO Trade Import & Export, da Paraíba, tem como foco o segmento de concentrado de sucos. Wilbur Holmes Jácome, que representa a empresa, participou de nove reuniões com compradores latinos e comemora a negociação com a rede Supermercados Peruano. Além dos produtos da GO, o representante da rede quer contratar a trading para realizar, no Brasil, pesquisas de produtos, preços e fornecedores para o mercado peruano e o acompanhamento do processo de embarque e pagamento. “Encarar o mercado americano com a chancela da Apex-Brasil e do governo brasileiro agrega valor à marca e dá credibilidade ao produto”, atesta Jácome.
Esdras César C. Freitas, que representa a ABIM Comércio Exterior Ltda., aposta nos licores de frutas exóticas para conquistar o mercado norte-americano baseado em estudos feitos para identificar o potencial desse tipo de aperitivo junto ao consumidor dos Estados Unidos. “O povo norte-americano busca um aperitivo ou digestivo já pronto e tem interesse em bebidas exóticas. Mas os compradores do Caribe e da América Central já manifestaram interesse pelos licores de cachaça com maracujá ou com jabuticaba”, explica Freitas, que tem reuniões agendadas com os compradores norte-americanos nesta sexta-feira.
A DL Quality Comercial de Produtos Alimentícios exporta produtos para a China, Arábia Saudita e Uruguai. São mais de 20 itens na linha orgânica, diet e sem glúten ou lactose, o que levou o diretor da empresa, Durval Fuschini Filho, a participar do Encontro de Negócios Brasil Trade Miami. Os produtos, argumenta, tem o diferencial de ter o gosto similar de um produto natural. “Podemos aliar a necessidade da população americana por produtos saudáveis oferecendo produtos exclusivos de alta qualidade com sabor similar ao de um produto natural”, explica. “As estatísticas do governo americano indicam índices assustadores de obesidade e diabete e, por isso, é bastante propenso o mercado de produtos saudáveis nos Estados Unidos”.
Produtos naturais, como comida vegetariana, extrato de soja, óleo de coco e suplementos alimentares, fazem parte do portfólio da World Trotter. A representante da empresa, Regiane Lucchesi Camussi, participou de mais de 10 reuniões de negócios e contabiliza perspectivas reais de negócios com compradores americanos. “Gosto muito de participar desse tipo de evento”, explica. “Além de muito organizado, é um evento bem direcionado e a gente já participa sabendo o perfil do comprador e exatamente o tipo de produto que ele procura”.
O esforço da empresa Novo Mel durante o evento de Miami foi o de apresentar o mel gourmet, uma variação específica do produto, baseada na produção de diferentes flores brasileiras, como cipó-uva, aça-peixe, eucalipto e laranja. “Estamos procurando um distribuidor nos Estados Unidos supermercados e empórios interessados em um produto gourmet, de alta qualidade”, atesta Karin Hoffmann Santos, representante da empresa. “O mercado americano consome mel de vários países, tem espaço para o mel brasileiro e o nosso produto atende a um consumidor que busca um produto mais refinado”.
A Alca Foods exporta cereais matinais para mais de 20 países da África, Ásia, Oriente Médio e América Latina. Depois de 16 reuniões com os compradores internacionais, o supervisor de comércio exterior da empresa, Henrique Souto de Barros, estava bastante otimista com a possibilidade de entrar de vez no mercado americano. “Nosso cereal matinal tem a particularidade de conter menos açúcar, são produtos funcionais com um gosto melhor e oferecemos a possibilidade das grandes redes poderem fazer a marca própria”. O fato de a empresa já atender no Brasil às maiores redes de supermercados também ajuda muito, segundo a avaliação de Barros. “Como muitas dessas redes já atuam no mercado americano é bem mais fácil nos inserirmos nesse mercado”.
Para Júlio Cézar Dutra Ribeiro, da UAI Tradings S.A., água de coco e pão de queijo, os produtos que a empresa está oferecendo durante as rodadas de negócios em Miami, são opções bastante promissoras para expansão dos negócios no mercado norte-americano. Ribeiro considerou positivas as reuniões com representantes da República Dominicana, Costa Rica e Equador e já tem o compromisso de enviar amostras de pão de queijo para esses compradores. “Quanto à água de coco, o produto já é muito bem aceito nos Estados Unidos e foi eleito o mais saudável do mercado norte-americano”, explica Ribeiro. “Vendemos a qualidade de um produto natural e sem conservantes, e o nosso diferencial é a qualidade da água de coco brasileira que supera a produção de outras marcas que estão no mercado, como o produto asiático”.

Encontro Nacional das Tradings

O Projeto Brasil Trade realiza nos próximos dias 7, 8 e 9 de dezembro, em São Paulo, o 3° Encontro Nacional das Tradings. Além de um seminário, com a participação de autoridades do setor, será realizado o Projeto Comprador, que vai reunir 20 compradores selecionados da África, Ásia e Oriente Médio e 50 empresas brasileiras comerciais exportadoras, nos setores de auto-peças, casa e construção, móveis, alimentos e bebidas.
Durante o evento será lançado o novo diretório do Projeto Brasil Trade. Reformulado e com novas funcionalidades, o novo diretório possibilitará o acesso aos dados de compradores por todas as empresas cadastradas no Projeto.
O Projeto Brasil Trade tem o objetivo de criar, estrategicamente, oportunidades de negócios para empresas comerciais exportadoras nas principais regiões com potencial comprador para produtos brasileiros. Além de Miami, onde está sendo realizado atualmente o “Brasil Trade”, o Projeto já desenvolveu edições do evento em Singapura, Hong Kong e Peru.

Centro de Negócios de Miami

O Centro de Negócios da Apex-Brasil em Miami (CN Miami) está na fase final de mudança para o pleno funcionamento em sua nova sede. A mudança não é somente de endereço. “A partir de 2012, vamos focar na promoção comercial de produtos e serviços brasileiros, utilizando o Centro de Negócios como um local estratégico para a realização de eventos, como seminários, workshops, palestras e serviços de pesquisas de mercado, além de um ponto para lançamento de produtos”, explica Fernando Spohr, gerente adjunto do CN Miami.
Inaugurado em abril de 2005 com o objetivo de ajudar na internacionalização de empresas brasileiras nos Estados Unidos e América Latina, o CN Miami atende em média a 50 empresas por mês, de 20 setores da economia. O espaço físico, de 950 metros˛, pode comportar escritórios de 23 empresas brasileiras, que têm até três anos para utilizar a infra-estrutura do local.
A demanda logística passa pela negociação de condições diferenciadas para as empresas associadas ao CN que, assim, podem aumentar a competitividade de seus negócios, a custos mais reduzidos. Esse item inclui, ainda, armazenagem do produto, estudos de inteligência comercial e prospecção de mercado e contatos específicos para a distribuição dos produtos.
“Oferecemos todas as condições para as empresas brasileiras que querem se internacionalizar”, explica Spohr. “Mas queremos que essas empresas fiquem com a gente apenas por um período e depois comecem a caminhar com as próprias pernas”.

Fonte: Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - APEX
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