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08/11/2011
Primeiros passos no exterior
 
Após três anos de adequação de seus processos produtivos aos padrões comerciais internacionais, a Central de Cooperativas de Cajucultores do Estado do Piauí (Cocajupi) conseguiu, em outubro, exportar pela primeira vez. Foram enviadas 150 caixas de castanha de caju para a Cooperativa Chico Mendes, na Itália. A segunda remessa, com 300 unidades, foi embarcada ontem e, segundo Luiz Eduardo Rodrigues, gerente administrativo da entidade, mais 100 caixas poderão ser exportadas para o país até o fim deste ano. As duas vendas geraram lucro de 34,4 mil euros, cerca de R$ 82 mil.
O resultado é fruto do certificado Comércio Justo, da Federação Internacional de Comércio Alternativo, cujo objetivo é fortalecer as trocas comerciais entre pequenos produtores e compradores de outros países. “Tivemos que capacitar nossos produtores e adequar seus processos produtivos aos padrões do selo. Em outubro, finalmente conseguimos o certificado. Durante todo esse processo tivemos apoio dos consultores do Sebrae”, explica.
A Cocajupi, cuja sede fica em Picos (PI), reúne nove cooperativas de cajucultores que fazem o beneficiamento da amêndoa. A central é responsável pela averiguação da mercadoria, seu processamento e empacotamento. De acordo com Rodrigues, a central vendia desde 2007 – ano que foi fundada – para o mercado nacional, apesar de já poder embarcar seus produtos para outros países. “Na época, não era viável exportar. Com o certificado, os clientes pagam preços diferenciados e somos mais valorizados no exterior”, garante.
Rodrigues conta que a Cocajupi foi abordada em agosto por representantes da Cooperativa Chico Mendes, através de uma listagem de entidades que iam adquirir o selo. O gerente revela que duas companhias dos EUA e do Canadá também os procuraram. Para aproveitar o restante do caju, a entidade investiu R$ 250 mil na construção de três fábricas de cajuína (tudo que sobre do caju sem ser a castanha), com capacidade para produzir 200 mil garrafas de suco –a unidade começará a operar ainda este ano.
Apesar dos avanços na área comercial, há retrocessos na área de produção. Segundo Rodrigues, a produtividade total da castanha de caju dos associados da Cocajupi caiu de 30 toneladas, em 2007, para 19 toneladas em 2010. “Nos últimos dois anos tivemos problemas com o clima e pragas. Para 2011, a situação é ainda pior. Projetamos uma colheita de 15 toneladas”, revela
Fonte: Sebrae / BB
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