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28/09/2011
Empresários da Região Serrana do Rio de Janeiro recebem compradores internacionais
 
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Sedeis) realizaram, nesta terça-feira (27), em Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, as rodadas de negócios do Projeto Região Serrana RJ. O encontro teve a participação de 26 empresários brasileiros e 16 compradores internacionais de nove países (Estados Unidos, França, Espanha, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e Equador). O Projeto Região Serrana RJ tem o objetivo de contribuir para a revitalização da economia dos municípios atingidos pelas fortes chuvas e deslizamentos de terra ocorridos na serra fluminense no início do ano.
Durante todo o dia, os empresários brasileiros, a maioria do setor de confecções, se reuniram com os compradores internacionais nas rodadas de negócios. As empresas foram selecionadas para o Projeto de acordo com o perfil de maturidade exportadora, e seus representantes apresentaram aos compradores o portfólio de produtos, com amostra das peças produzidas e do material utilizado, cartela de cores, catálogos e tabela de preços para exportação.
O presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges, enfatizou a importância do Projeto para os empresários da região. “O Projeto está trazendo para Nova Friburgo nosso respeito e consideração aos empresários locais e a segurança aos compradores internacionais que participam de uma ação que tem o respaldo da Agência”, explicou. “É uma ação que resgata a confiança no potencial exportador da região para empresários e compradores”.
Rodadas de negócios
Rossana Luppi, gerente comercial da CCM, uma empresa de moda esportiva, atesta a boa receptividade que o Projeto está tendo junto ao empresariado local. A empresa, que tem 140 funcionários e produz cerca de 50 mil peças por mês, foi bastante afetada pelas chuvas no início do ano. Com novo endereço já a partir desta semana (uma mudança necessária porque as chuvas danificaram as instalações de produção), a CCM se prepara para expandir as exportações. “A iniciativa da Apex-Brasil é bastante oportuna”, explica Rossana. “Fizemos contatos com compradores da Argentina e do Equador, o que pode render bons negócios já que, apesar da proximidade geográfica, não temos negócios com esses países”.
Para o empresário Leonan Lopes, da Beautiful Woman, que produz lingerie, as peças de uma linha mais sofisticada poderão estar brevemente em novos mercados. “Os compradores ficaram bastante interessados em nossos produtos, o que nos deixa com a expectativa de que podemos fechar negócios”, disse. “As rodadas de negócios foram bastante promissoras, e todo o processo de seleção das empresas foi muito justo, com diálogo e informações para todos, o que contribui para o amadurecimento da cultura exportadora”.
O contato pessoal pode ser um diferencial para alavancar os negócios da empresa, segundo Jalmier Gomes Júnior, da confecção de lingerie Lucitex. Depois de receber cinco compradores, o empresário estava satisfeito com os contatos feitos e com os negócios que podem ser concretizados. “A principal característica do nosso produto é a funcionalidade”, explica Gomes. “Aqui, cada produto tem uma função, e o cliente adquire a peça para atender a uma determinada necessidade, como a de amamentar ou de definir a cintura”.
A fábrica da empresa Roupa de Baixo também foi bastante afetada pelas fortes chuvas e deslizamentos. A proprietária da confecção, Christine Carvalho, disse que a produção foi retomada lentamente para chegar às 120 mil peças produzidas mensalmente antes da tragédia. A lingerie fabricada em tecido plano – 100% algodão e antialérgico – agradou bastante os compradores. “Fazemos um trabalho de moda e não uma peça para o dia a dia”, explica. “Os compradores conheceram o produto, acharam as peças muito bonitas, e esse contato vai render negócios, lá na frente”.

O argentino Carlos Bohnhoff, que representa a empresa Hi Fit, veio conhecer a moda fitness produzida na região serrana e gostou muito do que viu, especificamente da qualidade e do design dos produtos. “Os desenhos e a modelagem são muito bonitos, mas a mulher argentina prefere modelos mais clássicos com cores neutras”, explicou. “Isso não chega a ser problema, porque todas as empresas podem focar a sua produção para exportação de acordo com as características de cada mercado”.
O Projeto Região Serrana RJ é uma parceria entre o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Apex-Brasil, e o governo do estado do Rio de Janeiro, com o apoio da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Firjan, SEBRAE/RJ e Abit.
Fonte: Apex
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