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23/09/2011
Venda de soja aos árabes cresce 89%
 
As exportações da commodity avançaram para US$ 121 milhões até agosto. Foram embarcadas 168,3 mil toneladas e o principal destino na região foi a Arábia Saudita.

São Paulo – As exportações brasileiras de soja em grão para os países árabes avançaram 89% de janeiro a agosto deste ano sobre o mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a receita com as vendas para a região subiu de US$ 63,8 milhões para US$ 121,3 milhões. Em volume, elas passaram de 169,3 mil toneladas para 268,3 mil toneladas, um crescimento de 58%.

O secretário-geral da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), Fábio Trigueirinho, acredita que não houve motivo especial para o aumento das exportações à região. Segundo ele, pode ter ocorrido uma mudança de fornecedor entre os três principais – Estados Unidos, Argentina e Brasil – em função de preço. De forma geral, países árabes têm ampliado suas importações de alimentos para formar estoques reguladores.

O principal comprador árabe da soja em grão foi a Arábia Saudita, com US$ 112 milhões e 24 mil toneladas. O segundo foi Egito, com US$ 8 milhões, o terceiro Sudão, com US$ 177 mil, e o quarto Emirados Árabes Unidos, com US$ 33 mil.

Trigueirinho lembra que o avanço reflete também o aumento do preço da soja. Enquanto a cotação da tonelada métrica vendida aos árabes nos oito primeiros meses de 2010 era de US$ 377, este ano passou para uma média de US$ 452.

O principal fornecedor de soja em grão para os árabes foi o estado do Mato Grosso, que respondeu por US$ 65,8 milhões e 131 mil toneladas. No mesmo período do ano passado, o estado havia exportado apenas 23 mil toneladas à região, com receita de US$ 9 milhões. O segundo foi o Paraná, com US$ 18 milhões e 38 mil toneladas, contra US$ 9,5 milhões e 26 mil toneladas em 2010. O terceiro foi Goiás, com US$ 15 milhões e 30 mil toneladas. De janeiro a agosto do ano passado, Goiás não chegou a vender ao mundo árabe.

De acordo com o secretário-geral da Abiove, as exportações atuais e as que ocorrerão até janeiro são da última safra de soja, que teve produção de recorde. Apenas no começo do ano que vem começa a ser colhida – e depois exportada - a nova safra, cujo plantio está aguardando apenas o início das chuvas. Normalmente a maior parte da exportação é feita até agosto, mas Trigueirinho acredita que em função do recorde não haverá diminuição nas exportações até o final do ano.

A produção brasileira deste ano foi de 75 milhões de toneladas. Além dos produtores terem se animado com os bons preços que a soja apresentava no ano passado, no período do plantio, também pesou para a produção recorde a produtividade das lavouras. Foram colhidos 3.100 quilos por hectare.

Fonte: Agência de Notícias Brasil - Árabe - ANBA
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