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09/09/2011
Importações se equiparam às exportações industriais no Rio Grande do Sul
 
A balança comercial dos produtos industrializados gaúchos fechou agosto com o saldo praticamente zerado. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as importações do setor avançaram 38,6%, somando US$ 1,4 bilhão. Já as exportações cresceram em um ritmo consideravelmente inferior (16,6%) no período, atingindo US$ 1,39 bilhão.

“Essa é uma consequência direta da valorização do real perante o dólar, o que torna o setor industrial menos competitivo no âmbito internacional, e, por outro lado, impulsiona as importações”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, nesta quinta-feira, 8 de setembro.

Nessa base de comparação, as vendas externas das indústrias responderam por 74,6% de tudo que o Estado embarcou. No ano passado, essa participação era de 86,6%. Já os produtos básicos cresceram 164,9% no período, praticamente dobrando o seu peso na pauta gaúcha (12,2% para 23,9%), devido, em grande parte, ao aumento verificado nas vendas de grãos de soja (166,3%).

Os setores industriais com os avanços mais significativos nas exportações foram Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (65,2%), Químicos (57%) e Alimentos (34,6%). Já as quedas mais expressivas foram registradas nos segmentos de Tabaco (-29,7%) e Couro e Calçados (-5,9%).

No que se refere aos destinos, a China manteve a primeira colocação em agosto, mais que dobrando a sua participação na pauta do Estado (9,2% para 20,6%) em relação ao mesmo mês do ano passado. Os principais produtos importados pelo país asiático foram grãos e óleos de soja, carne de frango in natura e celulose. Em seguida veio a Argentina, com 10,1%, recebendo partes e acessórios para tratores e veículos, óleo diesel e produtos químicos. Na terceira posição, respondendo por 6,3% da pauta, ficaram os Estados Unidos, em que se destacaram os embarques de calçados e tabaco não manufaturado.

O Rio Grande do Sul ocupou a quinta posição entre os Estados exportadores, com 7,1% de participação na pauta brasileira de agosto. O primeiro lugar ficou com São Paulo (24%), seguido por Minas Gerais (15,7%), Rio de Janeiro (11,9%) e Pará (7,8%).

O crescimento das importações de produtos industrializados foi alavancado pelas compras de Máquinas e Equipamentos (69,7%), Químicos (67,9%), Derivados de Petróleo (51,7%) e Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (28,3%).

Fonte: Confederação Nacional da Indústria - CNI
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