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25/07/2011
Superávit é de US$ 383 milhões na quarta semana de julho
 
O superávit da balança comercial da quarta semana de julho, com cinco dias úteis (18 a 24), foi de US$ 383 milhões, com média diária de US$ 76,6 milhões. A corrente de comércio foi de US$ 10,065 bilhões (média diária de US$ 2,013 bilhões) e as exportações totalizaram US$ 5,224 bilhões (média diária de US$ 1,044 bilhão).

No mesmo período, as importações foram de US$ 4,841 bilhões (resultado médio diário de US$ 968,2 milhões).



Mês



As exportações no acumulado mensal, com 16 dias úteis, fecharam em US$ 17,524 bilhões (média diária de US$ 1,095 bilhão) e as importações em US$ 14,390 bilhões (média diária de US$ 899,4 milhões). As exportações cresceram 36,3% na comparação com a média diária de julho de 2010 (US$ 803,3 milhões). Frente a junho deste ano (média diária de US$ 1,128 bilhão), a média diária das exportações em julho diminui 2,9%.

As importações em julho tiveram aumento de 21,2% em relação ao mesmo mês do ano passado (média diária de US$ 742,2 milhões). Na comparação com junho deste ano (média diária de US$ 917,2 milhões), as aquisições brasileiras no mercado internacional tiveram retração de 1,9%.

Nas quatro primeiras semanas de mês, o saldo comercial alcança o valor de US$ 3,134 bilhões (média diária de US$ 195,9 milhões). Pela média, houve crescimento de 220,6% na comparação com junho de 2010 (resultado médio diário de US$ 61,1 milhões).

Já em relação em relação a junho deste ano (média de US$ 210,8 milhões), houve queda de 7,1%. A corrente de comércio somou US$ 31,914 bilhões (resultado médio diário 1,994 bilhão), o que representou aumento de 29,1% na comparação com julho do ano passado (média de US$ 1,545 bilhão) e redução de 2,5% sobre a média de junho deste ano (US$ 2,045 bilhões).



Acumulado anual



De janeiro até a terceira semana de julho, o superávit foi de US$ 16,1 bilhões (média diária de US$ 115 milhões), resultado 71,8% maior que o verificado no mesmo período do ano passado (média diária de US$ 66,9 milhões). Nos 140 dias úteis de 2011, a corrente de comércio somou US$ 255,554 bilhões (média diária de US$ 1,825 bilhão), com aumento de 29,9% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,405 bilhão).

No ano, as exportações alcançaram US$ 135,827 bilhões (média diária de US$ 970,2 milhões), resultado 31,8% acima do verificado no mesmo período de 2010, que teve média diária de US$ 736,2 milhões. O resultado anual acumulado das importações também foi maior (27,8%) em relação ao ano passado (média diária de US$ 669,3 milhões). Em 2011, as importações somam US$ 119,727 bilhões (média diária de US$ 855,2 milhões).

Acesse o quadro com os dados da quarta semana de julho: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567



Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC




Empresários brasileiros afirmam que barreiras comerciais argentinas prejudicam produção e vendas

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil



Brasília – Queixa frequente dos empresários brasileiros, a questão das barreiras comerciais entre o Brasil e a Argentina continua em aberto. Os empresários reclamam que a entrada de seus produtos no país vizinho continua difícil e que a liberação dos produtos, que deve ser feita em até 60 dias, segundo determinação da Organização Mundial do Comércio (OMC), não tem sido cumprida.

O problema provocado pelo impasse comercial poderá ser tratado no encontro entre as presidentas do Brasil e da Argentina, Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, previsto para os dias 10 e 11 de agosto, em Brasília.

Uma das reclamações vem da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), segundo a qual há máquinas agrícolas paradas nas aduanas. De acordo com a Anfavea, o entrave vem provocando quedas sucessivas na produção e nas vendas internas: a produção nacional caiu 7,2% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010, e as vendas internas caíram 7,8% na mesma base de comparação.

A secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, reconhece o problema, mas o considera “pontual”, ou seja, nada que atrapalhe a relação bilateral entre os países parceiros de Mercosul. “Do jeito que está escrito nos jornais, parece que o comércio bilateral vive problema muito sério, mas isso não é a realidade”, disse Tatiana.

Segundo a secretaria, o problema tem sido monitorado de perto. “Seguimos em estado de alerta.” Além disso, Tatiana destacou que o “problema pontual” não tem afetado os números entre os parceiros comerciais. “O governo brasileiro mantém postura firme para garantir avanços. Não é interesse do nosso governo criar obstáculo em um comércio bilateral crescente”, afirmou.

No acumulado do ano, as exportações brasileiras cresceram 32,6%, com expansão de 33% nos embarques externos para a Argentina. De janeiro a junho, as vendas para o país vizinho somaram US$ 10,4 bilhões ante os US$ 7,9 bilhões no mesmo período de 2010.

Mesmo com saldo positivo na relação comercial, o problema do entrave nas aduanas argentinas tem afetado diversos segmentos. “Não houve nenhuma mudança na relação comercial dos dois países. Tudo continua muito crítico”, afirma a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

O mesmo ocorre no segmento de calçados. O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, confirma que o acordo não está sido cumprido. “O acordo não aconteceu. As mercadorias continuam presas. Temos produtos esperando liberação desde março”, reclamou Klein.

Atualmente, produtos de 600 setores estão fora da licença automática na Argentina.

Edição: Nádia Franco



Fonte: Agência Brasil
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