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22/07/2011
Exportações industriais de Mato Grosso do Sul crescem 47,4% no primeiro semestre
 
As exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul no primeiro semestre deste ano aumentaram em 47,4% com relação ao mesmo período do ano passado, saltando de US$ 866,7 milhões para US$ 1,28 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial, da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS), com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com o registro de crescimento das vendas externas mês após mês, o presidente da FIEMS, Sérgio Longen, projeta que, ao fim deste ano, a receita deve alcançar US$ 2,56 bilhões, superando os US$ 2,1 bilhões obtidos no ano passado.
Ainda segundo o levantamento do Radar da FIEMS, a receita do setor industrial manteve o percentual de 70% sobre tudo que foi exportado por Mato Grosso do Sul nos cinco primeiros meses deste ano. Vale ressaltar que a receita obtida somente com a exportação de industrializados em 2011, US$ 1,28 bilhão, é maior que as exportações totais realizadas em igual período de 2010, quando as vendas externas de Mato Grosso do Sul, incluindo todas as categorias de produtos, proporcionou uma receita igual a US$ 1,27 bilhão.
Na avaliação apenas da receita obtida no mês de junho, quando as vendas externas de industrializados alcançaram US$ 270,6 milhões, o crescimento com relação ao mesmo período do ano passado foi de 27,9%, quando o valor foi de US$ 211,5 milhões. Quanto à participação relativa, no mês, as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 73,5% de tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul.
Além disso, a receita de US$ 270,6 milhões de junho de 2011 se consolida como o melhor resultado mensal já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados em Mato Grosso do Sul, ficando à frente dos meses de maio de 2011 e agosto de 2010, que eram os melhores até então, com valores de US$ 267,4 e US$ 233,9 milhões, respectivamente. Por fim, quando se considera somente o resultado de igual mês ao longo da série, verifica-se que, junho de 2011, registrou a 20ª quebra consecutiva de recorde nesse comparativo.
Já com relação ao volume as exportações de industrializados nos primeiros seis meses deste ano somaram 3,8 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 21,9% em relação à igual período de 2010, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 3,14 milhão de toneladas de produtos industrializados. No mês de junho, a exportação de industrializados alcançou o equivalente a 812 mil toneladas, indicando, deste modo, um crescimento de 41,2%, em volume, sobre igual mês do ano anterior, quando as vendas externas somaram 575,1 mil toneladas.

PRINCIPAIS GRUPOS - No primeiro semestre deste ano, os principais destaques são os grupos “Complexo Carne”, “Extrativo Mineral”, “Papel e Celulose”, “Açúcar e Álcool” e “Óleos vegetais”. O desempenho do “Complexo Carne” segue sustentado, sobretudo, pela elevação ocorrida nas vendas de pedaços e miudezas congelados de galos e galinhas, carnes secas e salgadas de outros animais, outras carnes de suínos congeladas, carnes congeladas de galos e galinhas cortados em pedaços e outras miudezas comestíveis de bovinos congeladas, que proporcionaram um acréscimo, em receita, no comparativo com 2010, equivalente a US$ 36,2, US$ 8,6, US$ 7,8, US$ 5,3 e US$ 4,5 milhões, respectivamente.
No grupo “Extrativo Mineral”, o valor alcançado, no ano, ficou em US$ 276,7 milhões com destaque para a elevação ocorrida nas exportações de minérios de ferro em bruto, que até o momento, totalizaram US$ 271,9 milhões ou 98,3% da receita total. Resultando, deste modo, em uma receita 108,5% maior que a obtida em igual intervalo de 2010, mesmo com uma expansão, em volume, na mesma comparação, de somente 10,1%, sendo que, em valores absolutos, o ganho, em receita, supera os US$ 143,9 milhões.
Quanto às exportações do grupo “Papel e Celulose” o destaque, naturalmente, continua por conta da pasta química de madeira semibranqueada (celulose), que, até agora, em 2011, registrou uma receita de exportação equivalente a US$ 206,1 milhões ou 90,8% da receita total do grupo. Quando comparado com igual período de 2010, houve um crescimento nominal de 39% na receita obtida com o produto. Ainda em relação ao grupo, outro destaque foi observado nas vendas de papel fibra 150g/m², que somaram, até agora, o equivalente a US$ 19 milhões ou 8,4% do total, proporcionando, na mesma comparação, uma receita 120% maior.
No grupo “Açúcar e Álcool”, no acumulado do ano, a receita de exportação alcançou o equivalente a US$ 223,5 milhões, indicando, sobre 2010, um crescimento nominal de 158% na receita, resultando em um valor adicional de US$ 136,9 milhões. Já em volume, na mesma comparação, a variação foi de 111%, aumento superior a 242 mil toneladas. Já o grupo “Óleos Vegetais” gerou, em 2011, uma receita de exportação equivalente a US$ 48,5 milhões, apontando um crescimento nominal de 79% sobre igual período de 2010, quando a receita total foi igual a US$ 27,1 milhões.
Em relação ao volume, na mesma comparação, o crescimento foi da ordem de 20,1%, alcançando um volume total superior a 6,5 mil toneladas. O destaque ficou por conta das vendas de Óleo de soja bruto, mesmo degomado com US$ 44,8 milhões, representando 92,4% da receita total do grupo. Proporcionando, em comparação ao mesmo período de 2010, uma receita e volume adicionais da ordem de US$ 21,7 milhões.

Fonte: Confederação Nacional da Indústria - CNI
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