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20/07/2011
Normas técnicas internacionalizadas
 
Com o objetivo de facilitar os fluxos comerciais, a Associação Brasileira de Normas Técnicas firma acordos com entidades semelhantes de outros países, entre eles Arábia Saudita e Egito.

São Paulo – Paralelamente ao aumento do comércio exterior do Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) passou a firmar acordos de cooperação com entidades semelhantes de outros países com vistas a facilitar os fluxos comerciais. Segundo o diretor de Relações Externas da instituição, Carlos Santos Amorim Jr., já foram assinados convênios com a China, República Tcheca, Turquia, África do Sul, Índia, Angola, Moçambique, Arábia Saudita e Egito.
Citando o exemplo da China, Amorim disse que parte do trabalho consiste na troca de informações sobre as regras aplicadas a diferentes produtos em cada país. Assim o empresário brasileiro interessado em exportar pode consultar a própria ABNT sobre os requisitos que o país asiático impõe às suas mercadorias e vice-versa. "Estamos preparados para dar essas informações", afirmou.
O executivo acrescentou que, num segundo momento, o acordo com os chineses deve resultar na criação de um portal na internet que vai disponibilizar as normas sobre os produtos do comércio bilateral para acesso direto das empresas dos dois países, pelo menos com tradução para o inglês.
Os convênios autorizam também a transferência de know-how. Amorim destacou que as entidades de normalização técnica de Angola e Moçambique, dois países de língua portuguesa, podem consultar os dados da ABNT com o objetivo de desenvolver suas próprias regras.
Os acordos podem prever ainda ações de treinamento e capacitação. Com Moçambique, a organização brasileira colabora ainda na área de certificação, pois a associação atua com esse serviço no Brasil. Em outras nações que falam o português, a instituição ajuda a estruturar órgãos semelhantes.

Árabes

No caso da Arábia Saudita, o executivo disse que o acordo foi assinado em setembro do ano passado e em breve deve ser realizada uma reunião para iniciar sua implementação.
"A reunião serve para identificar as demandas e definir ações concretas", declarou Amorim. É uma ocasião também para ampliar o conhecimento recíproco sobre as particularidades comerciais de cada país. "Sempre há a troca de informações", acrescentou.
No Egito, porém, o processo de implementação do convênio foi suspenso por causa dos protestos populares que resultaram na renúncia do ditador Hosni Mubarak, no início deste ano. Segundo Amorim, havia uma reunião marcada justamente para a época dos protestos, que acabou não acontecendo. "Estamos esperando agora para saber quem será o nosso interlocutor [no país]", ressaltou. O Egito está sob governo provisório.
A decisão de firmar um acordo, de acordo com ele, pode surgir de demanda do Itamaraty ou do próprio relacionamento da ABNT com entidades semelhantes de outro país. A associação, porém, é de direito privado, mas sem fins lucrativos e reconhecida pelo governo como único órgão do gênero no Brasil.

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe - ANBA
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