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19/07/2011
Tonelagem de carga por navio aumentou 9 no início de 2011
 
A tonelagem total de cargas nos portos e terminais brasileiros aumentou durante o primeiro trimestre de 2011. Já o número de atracações teve uma redução de 1,3% nos três primeiros meses deste ano em relação a igual período de 2010.
Essa queda, atrelada à expansão da carga movimentada, refletiu-se no avanço da consignação média dos navios (tonelagem de carga transportada por navio), resultando em uma variação positiva de 9,0% desse indicador. Os dados estão no Boletim de Desempenho Portuário da ANTAQ do 1° trimestre de 2011.
Segundo o gerente de Estudos e Desempenho Portuário da Agência, Bruno Pinheiro, esse resultado é importante para a diminuição dos custos logísticos e o aumento da competitividade do país no mercado internacional.
Para Pinheiro, as dragagens dos portos devem contribuir para o processo de elevação da tonelagem de cargas por navio. “É esperado que os efeitos do programa de dragagem, implementado pela Secretaria de Portos, sejam sentidos mais fortemente nos próximos trimestres, ampliando a consignação média dos navios”, acredita.
Segundo o gerente da ANTAQ, os elementos mais prejudiciais à competitividade brasileira estão em terra. “Reestruturar a frágil cadeia logística terrestre, assentada no modo rodoviário de transporte, levaria bem mais tempo do que a implementação das dragagens e, frente à voracidade chinesa por novos mercados, temos que aproveitar essa oportunidade”, apontou.
A navegação de longo curso foi a que exibiu a maior taxa de crescimento de tonelagem transportada entre os diversos tipos de navegação no período.
No primeiro trimestre deste ano, a movimentação de cargas no longo curso cresceu 8% frente ao primeiro trimestre de 2010. De acordo com o levantamento da ANTAQ, esse crescimento se deve à dinâmica verificada no desembarque, que cresceu 21,8%, enquanto os embarques registraram expansão de apenas 4,5%, na mesma base de comparação.
Apesar da elevada diferença de desempenho entre os embarques e os desembarques, Pinheiro acredita numa diminuição dessa disparidade no segundo e terceiro trimestres, quando os efeitos das medidas adotadas pelo governo para arrefecer a economia tornarem-se mais evidentes.

Fonte: Agência Nacional dos Transportes Aquaviários - ANTAQ
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