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15/07/2011
Exportações colombianas crescem 38,2% no primeiro trimestre
 
Segundo dados oficiais publicados pelo Departamento Nacional de Estatísticas da Colômbia (DANE), as exportações totais colombianas cresceram 38,2% no primeiro trimestre de 2011 devido ao aumento de 55,5% nas vendas dos produtos tradicionais (café, petróleo, carvão, ferro-níquel). Por outro lado, as exportações dos produtos não tradicionais apresentaram aumento de 10,4%. As importações colombianas cresceram 39%, passando de US$ 8,33 bilhões, no primeiro trimestre de 2010, para US$ 11,58 bilhões, no mesmo período de 2011.

Exportações

O crescimento das exportações foi devido, principalmente, às vendas de café, que cresceram 45% em volume e 103% em valor, em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao aumento dos preços mundiais do produto (aumento de 34,9% no preço do café suave colombiano, em janeiro de 2011, comparado com o mesmo mês do ano anterior); e de petróleo e seus derivados, que cresceram 62,4% em valor e 30,5% em volume. Por sua parte, o crescimento das exportações não tradicionais foi devido principalmente às maiores vendas de ouro (16,8%) e produtos químicos (18,1%). No entanto, o crescimento foi contrabalançado por uma queda de 6,8% das exportações de alimentos, bebidas e tabaco. Cabe assinalar que, excluindo do grupo das exportações não tradicionais o ouro e as esmeraldas, o aumento foi de 9,9%.

A pauta de exportação colombiana permanece concentrada nos produtos tradicionais, representando 69,9% das exportações no primeiro trimestre de 2011. Os principais produtos nesta categoria foram: a) Óleos crus de petróleo (US$ 4,83 bilhões); b) Hulhas térmicas (US$ 1,64 bilhões); c) Demais cafés sem tostar (US$ 832 milhões); d) Fueloils (US$ 526 milhões); e) Ouro (US$ 516 milhões); e f) Ferro-níquel (US$ 214 milhões).

Os principais destinos das exportações colombianas foram EUA, Equador, Panamá, Aruba, Chile, Venezuela, Brasil e China. A participação da Comunidade Andina de Nações (CAN) nas exportações colombianas no primeiro trimestre de 2011 foi de 6,3% (US$ 791 milhões), um incremento de 29,9% frente ao mesmo período de 2010, devido principalmente ao aumento das exportações ao Equador. A participação do MERCOSUL atingiu 3,1% (US$ 398 milhões), um incremento de 89,9% frente ao mesmo período de 2010. Deve-se ressaltar o significativo aumento das exportações aos países do Triângulo Norte - Guatemala, Hondura e El Salvador - (146%), Panamá (343%), Aruba (5016%) e Trinidad e Tobago (139%), aos quais se dirigiram 10,2% das exportações, principalmente devido a de petróleo e seus derivados.

Os Estados Unidos continuam ocupando o primeiro lugar como destino das exportações colombianas, participando com 41,2% (US$ 5,2 bilhões) do total exportado no primeiro trimestre de 2011, um aumento de 35,2% com relação ao primeiro trimestre de 2010, devido, sobretudo, ao maior valor das vendas de combustíveis (US$ 3,8 bilhões), aumento de 33,2%; e às vendas de café, as quais atingiram US$ 342,3 milhões, um aumento de 161%, em parte derivado dos melhores preços do café. O Equador foi o segundo maior receptor das exportações colombianas, com uma participação no total de 3,7% (US$ 466 milhões), registrando aumento de 30,9%. Os dois principais produtos exportados foram: veículos e suas peças (US$ 71,3 milhões) e produtos químicos (US$ 97,8 milhões.

As vendas ao Panamá representaram 3,3% do total exportado, atingindo US$ 416 milhões, um aumento de 343% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao aumento nas exportações tradicionais, especificamente o petróleo, cujas vendas atingiram US$ 298 milhões, (+ 1261% com relação ao mesmo período de 2010). O mesmo ocorre com Aruba, com uma participação de 3,1%, chegando a US$ 393 milhões (+ 5017% com relação ao mesmo periodo em 2010), devido ao crescimento das exportações de combustíveis e óleos minerais (US$ 390 milhões). As vendas ao Chile, por sua vez, registraram incremento de 10,6%, com participação de 3% do total, devidoao aumento de 144,7% nas vendas de alimentos, bebidas e tabaco.

As exportações para a Venezuela apresentaram queda de 15,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Sua participação caiu de 4,2% das exportações totais no primeiro trimestre de 2010 a 2,6% no mesmo periodo de 2011, devido à queda nas exportações de animais vivos e às vendas de veículos (US$ 4,5 milhões), que diminuíram 75% com relação ao primeiro trimestre de 2010. No entanto, as vendas de combustíveis cresceram 201% com relação ao primeiro trimestre de 2010 e atingiram US$ 67,4 milhões. Quanto às exportações à China, a queda foi de 25,6%, passando de uma participação no total de 4,5% a 2,4% (US$ 309 milhões), principal emente devido à queda nas exportações de combustíveis e óleos minerais (-38,9% com referência ao primeiro trimestre de 2010).

O Brasil foi o sétimo destino das exportações colombianas, as quais cresceram 72,7% com relação ao mesmo período de 2010, com uma participação de 2,5% no total (US$ 319,8 milhões). A pauta está marcada pelas vendas de produtos tradicionais, que aumentaram 42,5%. No entanto, o maior crescimento ocorreu nas exportações não tradicionais (crescimento de 88,7% com relação ao primeiro trimestre de 2010), devido ao aumento de 52,8% das vendas de materiais plásticos e suas manufaturas (US$ 68,4 milhões).

Importações

As importações da Colômbia atingiram US$ 11,6 bilhões no primeiro trimestre de 2011. Os principais produtos importados foram:

a) veículos e suas peças - aumento de 86,1% em relação ao primeiro trimestre de 2011 e participação 11,9% do total importado;

b) combustíveis e óleos minerais e seus produtos - aumento de 69,7%, participação de 6,8%;

c) caldeiras, máquinas e suas peças - aumento de 29,8% e participação de 14, % do total; e

d) aparelhos e material elétrico de gravação ou imagem - aumento de 23,6%, participação de 8,1%.

Outros produtos com importantes aumentos foram o algodão (93,3%), e as manufaturas de fundição de ferro ou de aço (108,9%) embora a participação destas últimas seja de apenas 0,8%.

Os EUA continuam sendo o principal fornecedor da Colômbia, com 28,3% do mercado (US$ 3,28 bilhões). Os principais produtos importados foram:

a) óleos de petróleo ou material betuminoso, menos os óleos crus (19%);

b) as demais aeronaves, como helicópteros, aviões (6,3%); e

c) niveladores, pás mecânicas, escavadoras, carregadoras, pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores (2,8%).

O segundo fornecedor externo foi a China, com participação de 12,5 % com suas exportações, passando de US$ 937 milhões a US$ 1,45 bilhão, (+ 54,7% com relação ao primeiro trimestre de 2010 ). Os principais produtos importados foram:

a) Manufaturas de fundição de ferro e aço - aumento de 463,3%;

b) veículos e suas peças - aumento de 81,9%;

c) borracha e suas manufaturas - aumento de 88,2%; e

d) aparelhos e material elétrico de gravação ou imagem – aumento de 30,7%.

O México contribuiu com 9,6% das importações totais, com um valor de US$ 1,12 bilhão, um aumento de 53,4% com relação ao primeiro trimestre de 2010. Os principais produtos importados foram:

a) veículos e suas peças – aumento de 284,6%;

b) manufaturas de fundição ferro e aço – aumento de 82,4% frente ao mês mo período de 2010.

Quanto aos combustíveis e seus derivados, as importações do México registraram uma queda de 92%.

As importações provenientes da Venezuela mostraram uma recuperação frente ao primeiro trimestre de 2010, com um aumento de 126% devido às importações de produtos químicos, sobretudo polipropileno, que atingiram US$ 32 milhões. O Brasil foi o quarto fornecedor da Colômbia, respondendo por 5,3% das importações totais, no valor de US$ 613 milhões, queda de 6,6% com relação ao primeiro trimestre de 2010.

Balança Comercial

A balança comercial no primeiro trimestre de 2011 registrou um saldo favorável à Colômbia, da ordem de US$ 1,05 bilhão (+ 24% com referência ao mesmo período de 2010), explicada pelo aumento do superávit com os EUA que atingiu US$ 1,9 bilhão, e pelo incremento nas vendas de petróleo àquele país. O superávit com os Países Baixos chegou a US$ 323 milhões; com o Equador, o superávit atingiu US$ 232 milhões; com Reino Unido o superávit foi de US$ 222 milhões; enquanto com o Chile o mesmo foi da ordem de US$ 195 milhões (- 4% com relação ao primeiro trimestre de 2010).

Os principais saldos negativos do comércio exterior da Colômbia no primeiro trimestre de 2011 foram os expressivos aumentos dos déficits com a China (- US$ 1,14 bilhão); e o México (- US$ 941 milhões); seguidos da França (- US$ 475,4 milhões) a Alemanha (- US$ 293,3 milhões) e o Brasil (- US$ 293,2 milhões), o qual apresentou redução de 25% frente ao déficit registrado no mesmo período de 2010.

Fonte: Embaixada do Brasil em Bogotá
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