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11/07/2011
Missão empresarial faz prospecção de negócios nas Filipinas
 
• Representantes do setor sucroenergético brasileiro visitam países do sudoeste asiático, com o objetivo de prospectar negócios
• Primeira visita foi ao mercado filipino, que está aquecido, com projetos a curto, médio e longo prazo.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), por meio do projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution, realizam, de 4 a 13 de julho de 2011, a Missão Empresarial ao Sudoeste Asiático, visitando Filipinas e Indonésia. A missão tem caráter prospectivo, e está levantando informações sobre o potencial destes mercados. A primeira etapa da viagem terminou no dia 6 de julho, nas Filipinas. O gestor de projetos da Apex-Brasil, Eduardo Caldas, e o secretário-executivo do Apla, Flávio Castelar, visitaram órgãos agrícolas e industriais do país, como Ministério da Agricultura, Aliança Açucareira das Filipinas, Departamento de Regulação Açucareira, Federação Nacional de Plantadores de Cana-de-Açúcar das Filipinas e Confederação dos Produtores Açucareiros Associados.

As Filipinas são um arquipélago com cerca de 95 milhões de habitantes, IDH de 0,638 e PIB de 351 bilhões de dólares (dados de 2010), o que coloca o país em 33o lugar entre os 184 listados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Considerado um país em desenvolvimento, as Filipinas têm sua economia fortemente centrada na produção agrícola, principalmente de milho, cânhamo, arroz, cana-de-açúcar e tabaco. Atualmente, o país importa etanol para suprir a demanda gerada por mistura de 5% de etanol a gasolina que ainda irá crescer, chegando a 500 milhões de litros por conta de novo marco regulatório que estabelece a adição de 10% de etanol na gasolina a partir de 2012.

O setor sucroalcooleiro nas Filipinas está bem estruturado e organizado. Hoje são 400 mil hectares de cana-de-açúcar processados por 28 usinas que produzem basicamente açúcar. Apenas duas destas usinas produzem quase a totalidade de etanol do país, hoje em 180 milhões de litros ao ano. Para a produção de etanol, existem duas plantas em operação e uma em construção, além de outras cinco em fase de estudos e planejamento. As autoridades do país acreditam que existam terras suficientes para cultivar cana-de-açúcar e atender a demanda da expansão do número de unidades. Estima-se que nos próximos 5 a 10 anos sejam colocadas em funcionamento 10 novas plantas. “Acreditamos no potencial de inclusão das Filipinas no grupo de países produtores de energia originada da cana-de-açúcar. Há mudanças importantes em curso e o marco legal do país aponta para um consumo maior do que a produção atual de etanol”, disse Eduardo Caldas, gestor de projetos de Apex-Brasil.

Além de novos projetos, o mercado filipino vem ampliando e modernizando suas plantas nos últimos anos. Na área de equipamentos industriais, as empresas filipinas demonstram abertura. Os tradicionais fornecedores vêm sendo substituídos por exportadores da Tailândia, China e Índia. Nas áreas de logística e de produção agrícola, existem grandes oportunidades, já que quase toda a cana é colhida manualmente e sem queima. Quanto à co-geração, existem projetos em andamento que, além de considerar o bagaço da cana, levam em conta as folhas.

O representante do Apla, Flávio Castelar, ressalta a importância da atuação do Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution promovendo as exportações das empresas brasileiras de equipamentos e serviços aos filipinos, estabelecendo negócios em um país considerado estratégico da Ásia, onde estão alguns dos principais concorrentes brasileiros no mercado global, como a Índia. “Temos totais condições de atender os filipinos com a qualidade e longa durabilidade de nossos produtos”, afirmou. Castelar destaca, ainda, a importância do apoio da Embaixada Brasileira nas Filipinas, por intermédio do embaixador Alcides Prates.

Na viagem à Indonésia, que continua até quarta-feira, dia 13, a missão terá a participação da empresa Tatu Marquesan/Civemasa, exportadora de implementos agrícolas.

Fonte: Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - APEX
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