Os números das vendas brasileiras no período superam os contabilizados no primeiro semestre de 2008 (US$ 90,6 bilhões) e os resultados das importações e da corrente de comércio estão acima daqueles do mesmo período de 2010, sendo US$ 81,3 bilhões e US$ 170,5 bilhões, respectivamente.
As exportações em junho de 2011 (US$ 23,7 bilhões) também foram recorde mensal, superando os números de maio passado (US$ 23,2 bilhões) e o mesmo também aconteceu para a corrente de comércio (US$ 43 bilhões), que ultrapassou maio de 2011 (US$ 42,9 bilhões). Os valores registrados nas importações de junho (US$ 19,3 bilhões) somente ficaram abaixo dos aferidos em maio de 2011 (US$ 19,7 bilhões) na série histórica da balança comercial.
Todas estas informações foram apresentadas durante entrevista coletiva hoje no auditório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, comentou o saldo semestral na balança comercial (US$ 13 bilhões). “O resultado é importante e está maior que o do mesmo período de 2010 em que tivemos US$ 7,9 bilhões”, disse.
Teixeira explicou ainda os bons resultados da balança comercial. “O Brasil tem tido competitividade nos mercados internacionais, principalmente, pelo tipo de produto que nós produzimos. Nós tivemos ganhos de eficiência na produção industrial e há um esforço de promoção comercial e de inserção nos diversos diálogos de negociações internacionais”, avaliou o secretário.
Exportações
No acumulado janeiro a junho de 2011, os três grupos de produtos registraram crescimento em relação à igual período de 2010: básicos (44%), semimanufaturados (29,7%) e manufaturados (19,1%).
Entre os produtos básicos, houve crescimento na receita de trigo em grão (287,9%), minério de ferro (91,7%), café em grão (81,1%), milho em grãos (75,1%), farelo de soja (33,2%), carne de frango (28,1%), soja em grão (27,5%), petróleo em bruto (25,1%), minério de cobre (20,5%) e carne bovina (9,1%).
Nos semimanufaturados, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de semimanufaturados de ferro e aço (98,8%), óleo de soja em bruto (89,1%), ferro fundido (88,2%), ferro-ligas (35,7%), ouro em forma semimanufaturada (30,9%), couros e peles (19,4%), açúcar em bruto (14%) e celulose (3,9%).
No grupo dos manufaturados, destacam-se plataforma para a exploração de petróleo e gás (de zero para US$ 1 bilhão), máquinas e aparelhos para terraplanagem (86,9%), suco de laranja não congelado (75,5%), óleos combustíveis (44,4%), polímeros plásticos (41,4%), laminados planos (39,8%), veículos de carga (38,6%), motores para veículos e partes (34,1%), autopeças (23%), pneumáticos (21,5%), óxidos e hidróxidos de alumínio (18,6%), bombas e compressores (13,5%), açúcar refinado (3,5%).
Os principais países de destino das exportações brasileiras no semestre foram China (US$ 20 bilhões), Estados Unidos (US$ 11,8 bilhões), Argentina (US$ 10,4 bilhões), Países Baixos (US$ 6,6 bilhões) e Alemanha (US$ 4,4 bilhões).
Importações
Nos primeiros seis meses do ano, houve crescimento de todas as categorias de uso, na comparação com igual período de 2010: combustíveis e lubrificantes (39,2%), bens de consumo (31%), bens de capital (27,4%) e matérias-primas e intermediários (24,8%).
Os principais países de origem das importações foram: Estados Unidos (US$ 15,9 bilhões), China (US$ 14,7 bilhões), Argentina (US$ 8,0 bilhões), Alemanha (US$ 7,1 bilhões) e Coréia do Sul (US$ 5 bilhões).
Acesse os dados completos com as informações do período: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567
Confira a apresentação feita durante a entrevista coletiva: http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1309560305.ppt
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC