Notícias
14/06/2011
Exportação do agronegócio aos árabes avança 37%
 
Embarques de produtos agropecuários brasileiros para a região renderam US$ 3,62 bilhões no período de janeiro a maio. Arábia Saudita, Argélia, Emirados e Egito foram os principais mercados.

São Paulo – As exportações do agronegócio brasileiro para os países árabes renderam US$ 3,62 bilhões nos primeiros cinco meses de 2011, um aumento de 37% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Os números não incluem a Líbia, nação norte-africana em conflito.

Arábia Saudita, Argélia, Emirados Árabes Unidos e Egito ficaram entre os 20 principais mercados da agroindústria brasileira entre janeiro e maio, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Todos ampliaram significativamente suas importações em relação ao mesmo período de 2010.

As vendas para a Arábia Saudita somaram US$ 807 milhões, um aumento de 22%; para a Argélia o total enviado foi equivalente a US$ 556 milhões, 177% a mais; aos Emirados os embarques renderam US$ 459 milhões, um avanço de 32%; e para o Egito as exportações foram de US$ 436 milhões, um acréscimo de 24,6%.

Destaque também para o crescimento das vendas ao Marrocos (26,5%), Tunísia (304%), Kuwait (38%), Omã (26%), Catar (62,5%) e Sudão (368%). As principais mercadorias vendidas para a região foram as carnes, especialmente de frango, açúcar, cereais, com destaque para trigo e milho, e óleos vegetais.

O CEO da Câmara Árabe, Michel Alaby, afirmou que os números refletem a formação de estoques que tradicionalmente antecede o mês islâmico do Ramadã. Além disso, a Tunísia, por exemplo, pode estar importando mais para abastecer a fronteiriça Líbia e os refugiados que saíram deste país.

No caso da Argélia, Alaby lembrou que o governo eliminou recentemente o imposto de importação sobre itens como açúcar, trigo e óleos vegetais. Em geral, os governos árabes podem estar também ampliando suas compras para formar estoques reguladores. Vale lembrar que o aumento dos preços de produtos alimentícios foi um dos fatores que motivou os recentes levantes populares na região.

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe (Alexandre Rocha - alexandre.rocha@anba.com.br)
Voltar - Início