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14/06/2011
Secretária do MDIC fala sobre relações comerciais com a China e a Argentina na Fiesp
 
São Paulo-SP (13 de junho) – Convidada para ser palestrante na reunião do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, apresentou os dados gerais sobre a balança comercial brasileira e detalhou as relações comerciais com a China e a Argentina.

Nos primeiros cinco meses do ano, o Brasil acumulou um superávit de US$ 3,6 bilhões no intercâmbio comercial com a China, número superior ao verificado no mesmo período do ano passado (US$ 1,9 bilhão). Neste intervalo de tempo, as exportações brasileiras para a China somaram US$ 15,7 bilhões e as importações, US$ 12,1 bilhões.

Mesmo diante do resultado positivo, Tatiana considerou que as exportações para este país podem ser melhoradas qualitativamente com uma maior participação de bens manufaturados. Neste sentido, a secretária disse que o governo brasileiro estabeleceu duas estratégias para aumentar as vendas à China.

“Primeiro, identificamos eventuais barreiras que impedem a venda de produtos de maior valor agregado, especialmente daqueles provenientes do agronegócio, e apresentamos a nossa reivindicação ao governo chinês para reverter esta situação”, disse a secretária, mencionando as dificuldades que certos produtos, como óleo de soja e carne de frango processada, têm para acessar o mercado chinês.

Outra estratégia diz respeito ao mapeamento de nichos de produtos em que o Brasil se destaca pela qualidade. “Sabemos que competir na base de preço no mercado chinês é muito difícil, mas é possível ter bons resultados com produtos que se destaquem em critérios como qualidade, marca e design”, afirmou Tatiana.

Argentina

Sobre a Argentina, a secretária lembrou que o Brasil registrou um superávit de US$ 2 bilhões, com exportações de US$ 8,5 bilhões e importações de US$ 6,5 bilhões, entre janeiro e maio de 2011. Tatiana salientou ainda que 91% das vendas brasileiros ao mercado argentino são de produtos manufaturados, “o que torna nossas relações comerciais muito especiais”, disse.

Em relação às dificuldades para exportar, relatadas pelo setor produtivo brasileiro, em razão de exigências técnicas-burocráticas e do regime de licenciamento não automático adotado pela Argentina para 600 códigos tarifários da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), a secretária disse que vem mantendo contatos diários com as autoridades argentinas para solução destes problemas e para reverter os entraves que limitam o acesso a este mercado.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC
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