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30/05/2011
G-8 alerta para a pressão de preços Grupo afirma que economia mundial mostra melhoras, mas também que "agudo aumento" das commodities ainda preocupa
 
A situação econômica global está melhorando e a recuperação torna-se mais ampla, disse o grupo das oito nações mais industrializadas (G-8) nessa sexta-feira, no comunicado final do encontro de dois dias dos líderes dos países. "A recuperação global está se fortalecendo e se tornando mais sustentável", afirmou o G-8. "Entretanto, os riscos de desaceleração permanecem e os desequilíbrios internos e externos ainda são uma preocupação", acrescentou a nota.

O comunicado destacou o "agudo aumento" e "a excessiva volatilidade" os preços das commodities, que ameaçam a saúde da economia mundial, apesar dos acontecimentos de abril dos mercados que parecem ter sinalizado uma interrupção no rali global dos preços de energia e produtos agrícolas básicos.

O G-8, que é composto por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia, disse que a Europa deve continuar enfrentando sua crise de dívida "com determinação" e buscar uma "rigorosa consolidação" e reformas estruturais para colocar as finanças públicas sob controle. O comunicado disse ainda que os Estados Unidos "irão aplicar um programa claro e crível de consolidação fiscal de médio prazo, condizente com as considerações de criação de emprego e crescimento econômico".

Ao mesmo tempo, a nota diz que o Japão deve focar na sustentabilidade das finanças públicas depois de lidar com as necessidades mais imediatas da reconstrução, originadas do desastre natural e nuclear de março.

Christine Lagarde visita o Brasil

Os dois candidatos ao cargo de diretor-gerente do FMI estarão com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na próxima semana para pedir o apoio do Brasil. Na segunda-feira, a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, terá um almoço com Mantega e, depois, será recebida pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. O Brasil será o primeiro país a ser visitado por Lagarde após o anúncio oficial da sua candidatura.

Na quarta-feira, será a vez de o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, ser recebido por Mantega. Embora Carstens seja candidato de um país emergente, o governo brasileiro ainda não revelou quem apoiará. O cargo de diretor do FMI ficou vago com a renúncia de Dominique Strauss-Kahn, acusado de ter violentado uma camareira em um hotel de Nova York. Mantega tem dito que o Brasil apoiará o candidato que assumir o compromisso de dar continuidade às reformas no Fundo iniciadas por Strauss-Kahn.

O governo brasileiro quer uma participação maior dos países emergentes nas decisões do FMI. No entanto, a vitória de Lagarde, que conta com o suporte dos países europeus, é tida como a mais provável pelo Brasil. Por isso, o país tem trabalho para arrancar o compromisso da ministra francesa, tida como mais conservadora que Strauss-Kahn, de que, nas próximas eleições, a nacionalidade europeia não seja considerada requisito para chefiar o FMI.

A escolha, segundo tem defendido Mantega, deveria ser por mérito.

Fonte: Estado de Minas
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