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20/05/2011
Seminários sobre oportunidades de negócios em Angola, promovidos pela Apex-Brasil, reúnem 450 empresários
 
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) encerrou, nessa quarta-feira (18/5), em São Paulo, o ciclo de seminários sobre as oportunidades de negócios no mercado angolano. Desde o dia 3 de abril, a Agência realizou quatro seminários – Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e São Paulo (SP) –, totalizando a participação de 450 empresários. Somente o evento em São Paulo registrou a presença de 220 empresários.

O diretor de Negócios da Apex-Brasil, Rogério Bellini, abriu o evento destacando o trabalho da Agência com uma abordagem diferenciada de acesso a mercados. “Queremos atrair empresários que nunca exportaram, os que já exportaram, mas não de forma continuada, e os que já estão em Angola e desejam internacionalizar as suas empresas”, enfatizou.

“A Apex-Brasil realizou, com sucesso, um evento inovador”, avaliou o coordenador da Unidade de Desenvolvimento de Novos Produtos, Juarez Leal. “A Agência apresentou informações estratégicas sobre o mercado angolano, mostrou os canais de negociação para efetivação de comércio e realizou um trabalho de consultoria, para atender satisfatoriamente às demandas apresentadas pelos empresários”.

O desafio agora, segundo Leal, é manter o atendimento aos empresários que manifestaram interesse em aprofundar o conhecimento sobre Angola e àqueles que já têm negócios com o país africano, mas que queiram incrementá-los. “São muitas as opções para as empresas que querem se inserir no mercado angolano”, explicou. “Apresentamos aqui um conjunto de soluções que as empresas têm para aproveitar esse mercado”.

Estudo da área de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex-Brasil identificou os três grupos de setores com reais oportunidades de negócios no país: casa e construção; alimentos, bebidas e agronegócios; e máquinas e equipamentos.

O Adido Comercial de Angola no Brasil, Mateus Barros José, parabenizou a iniciativa da Apex-Brasil. “De fato, após passar por um período de guerra, Angola está se reerguendo”, explicou. “O empresário brasileiro saiu do Seminário com a mente aberta sobre a realidade do mercado angolano e com um posicionamento correto de como pode chegar a esse mercado”.

Identificando oportunidades no mercado angolano

O Seminário foi dividido em duas etapas: no período da manhã, palestras e, no período da tarde, atendimento individualizado e rodadas de negócios entre tradings companies que operam em Angola e empresas brasileiras que gostariam de utilizar os seus serviços. 

 “A iniciativa da Apex-Brasil foi excelente, porque, além de dar uma visão de mercado para os empresários que não tinham qualquer informação sobre Angola, ofereceu informações atualizadas para aqueles que já exportaram para o país e que acabaram se retirando quando o mercado se retraiu”, explicou a diretora comercial da Braseco, Damaris Eugênia Ávila da Costa, uma das palestrantes no Seminário. Fundada em 1985, a Braseco comercializa vidros e madeiras, sendo que suas atividades estão concentradas na África e América do Sul.

“Se não fosse uma iniciativa como essa da Apex-Brasil, eu não seria o representante da Marcopolo em Angola”, resumiu o executivo Maurício Dutra, que relatou a experiência da empresa no país, durante o Seminário.

José Jorge Antonio, gerente comercial da Sakura, empresa do ramo de condimentos, conservas e temperos, disse que ficou evidente que existe um nicho de mercado em Angola para os mais de 120 produtos da empresa, que já exporta para 23 países. “Foi muito gratificante participar do Seminário. Além das informações sobre Angola, tivemos a certeza de que podemos contar com o aval da Apex-Brasil para realizar negócios naquele país”, explicou. “Já os depoimentos dos palestrantes me deram a segurança real de quem conhece bem aquele mercado porque já está estabelecido, de fato, em Angola”.

Para Nicolau Saad Filho, diretor comercial da General Products International, trading que atua nos ramos de autopeças, móveis e máquinas industriais, a Apex-Brasil pontuou, de forma adequada, o passo a passo para que um empresário se apresente no mercado angolano. “Depois de identificar se existe espaço para o produto, o empresário tem que conhecer o mercado angolano, in loco. Na sequência, deve participar de feiras, de missões e de rodadas de negócios, além de procurar receber no país clientes angolanos interessados em fazer negócios com empresários brasileiros. Tudo isso vai sedimentar a entrada do empresário brasileiro no país”, resumiu Saad Filho.

Cristina Mendonça, dona da Xongani Arte com Tecido, empresa de acessórios femininos com apenas dois anos de existência, sempre considerou a possibilidade de expandir os negócios para o mercado africano. O diferencial dos produtos, segundo ela, é o estilo artesanal e a utilização de tecidos importados. Depois do Seminário, no entanto, constatou que exportação exige mais do que perseverança, como imaginava. “Percebi que é preciso entender o mercado exterior e a dinâmica de investimentos, custos e retorno financeiro e que é importante participar de workshops, de feiras e de missões para conhecer melhor o mercado”, explicou. “O seminário foi bastante esclarecedor”.

Um dos primeiros empresários a chegar ao local do Seminário, Mário Sérgio Bello, representante da empresa Tecnometali Comércio e Importação e Exportação, que atua na área de informática, foi enfático: “A minha expectativa é conhecer um pouco sobre a estrutura comercial de Angola”, afirmou antes do evento. No final da tarde, Bello concluiu que as informações repassadas durante o Seminário foram abrangentes e muito satisfatórias. “Realmente, Angola tem muitas oportunidades para oferecer aos empresários”, resumiu.

Fonte: Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - APEX
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