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11/05/2011
Brasileiros se preparam para mercado saudita
 
Empresas que vão participar da Food Arabia, em Jeddah, no final do mês, revelam boas expectativas de negócios. Elas participaram de reunião preparatória na Câmara Árabe.
Alexandre Rocha alexandre.rocha@anba.com.br

São Paulo – Empresas brasileiras se preparam para partir em busca de negócios no mercado saudita, maior economia do mundo árabe. Representantes de quatro companhias que vão participar da Food Arabia, feira do ramo de alimentos que ocorre em Jeddah, na Arábia Saudita, de 29 de maio a 01 de junho, participaram nesta terça-feira (10) de uma reunião preparatória na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo. Todas elas participam da mostra pela primeira vez.

O frigorífico Equatorial, que tem sede em Açailândia, no Maranhão, por exemplo, já vende para os sauditas, mas quer ampliar os negócios. “Nossa expectativa é de tentar aumentar o leque de clientes”, disse Alessandro Mendonça, do departamento de exportação de produtos halal da empresa.

Além da Arábia Saudita, a companhia exporta para os Emirados Árabes Unidos, Líbia, Palestina, China e pretende começar a vender em breve ao mercado egípcio. “Estamos tentando pegar todo o Oriente Médio”, declarou Mendonça.
Das quatro unidades do frigorífico, uma se ocupa do abate halal de bovinos. Caso a estratégia de expansão no mundo árabe dê certo, a empresa pretende passar a promover o abate de bovinos de acordo com preceitos islâmicos em duas fábricas. Como parte desse trabalho, o Equatorial quer abrir um escritório em Dubai, nos Emirados, nos próximos meses.

Como a feira contempla também produtos para hotelaria e catering, a Oxford Porcelanas, de Santa Catarina, vai expor no estande brasileiro. Segundo o gerente de exportação para África, América Latina e Oriente Médio, Sami El Oumairi, a companhia vai apresentar suas linhas de louças Premium.

“A Arábia Saudita é bastante importante pois tem o maior PIB da região e adquire produtos de alto valor agregado”, afirmou Oumairi. A indústria catarinense já vende para outros países do Oriente Médio e Norte da África, mas para a Arábia Saudita fez uma única exportação há cerca de três anos. O objetivo agora é buscar negócios regulares. “É um mercado fantástico e tem potencial para nossos produtos”, acrescentou ele.

Já a trading ABN International, de São Paulo, ainda não tem negócios no mundo árabe, mas espera iniciá-los a partir da Food Arabia. A empresa comercializa produtos à base de açaí, energéticos feitos com guaraná, sucos naturais e açúcar. “Estamos tentando desenvolver o mercado do Oriente Médio”, disse Gabriel Oliveira, do departamento comercial da companhia.

Hoje a ABN, de acordo com Oliveira, exporta para os Estados Unidos e está começando a fazer negócios na Ásia e na Europa. Além de mostrar os produtos, a empresa quer oferecer seus serviços para companhias sauditas que tenham interesse em atuar no Brasil. “Muitas empresas [estrangeiras] têm hoje interesse em atuar no mercado nacional”, destacou.

Participou também da reunião Mohamad Sus, da MS Trading. A participação brasileira na feira saudita é promovida pela Câmara Árabe e pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. O CEO da Câmara, Michel Alaby, e outros representantes da entidade falaram aos empresários sobre o país árabe, deram detalhes da feira e da programação paralela que será realizada.

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe - ANBA
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