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14/04/2011
Óleo de soja impulsiona exportação aos árabes
 
O Egito importou US$ 106 milhões e a Argélia US$ 46 milhões em óleo de soja do Brasil no primeiro trimestre. As compras ajudaram a elevar as vendas do agronegócio para a região.

O óleo de soja ajudou a impulsionar as exportações do agronegócio brasileiro para o mundo árabe no primeiro trimestre deste ano e no mês de março. “Chamam a atenção Argélia e Egito, que são países árabes e africanos, e aumentaram as importações de óleo de soja. Sugere uma maior preocupação com o abastecimento do mercado interno ou substituição de importações”, afirmou o diretor de Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcelo Junqueira.

O Egito comprou US$ 7 milhões em óleo de soja do Brasil entre janeiro e março do ano passado e passou a US$ 106 milhões no mesmo período de 2011. Em volume, saiu de 10 mil toneladas para 88 mil toneladas. A Argélia não comprou nada do produto no primeiro trimestre de 2010 e passou a compras de US$ 46 milhões nos mesmos meses deste ano. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os árabes como um todo adquiriram US$ 156 milhões em óleo de soja até março, contra US$ 17 milhões nos mesmos meses de 2010.

Em março, individualmente, os países árabes compraram US$ 72 milhões em óleo de soja do Brasil, contra US$ 7 milhões no mesmo mês de 2010. O Egito e a Argélia, por ordem, foram os maiores compradores, mas os Emirados Árabes Unidos também fizeram compras, ainda que menores. Junqueira lembra que alguns países da região tiveram problemas políticos internos, impulsionados em parte pelos altos preços dos alimentos, e os governos devem estar buscando abastecimento mais adequado para as populações.

O óleo de soja, aliás, foi um dos produtos da balança comercial do agronegócio brasileiro que não teve, no primeiro trimestre, apenas aumento de receita com o mercado externo, mas também de volume, de acordo com Junqueira. O óleo de soja, apesar de ter tido aumento no preço médio, obteve crescimento em quantidade exportada, em 146%, de acordo com Junqueira. Já as exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) como um todo subiram 25,5% em receita entre janeiro e março, mas caíram 4% em volume.

A exportação da maioria dos produtos do agronegócio teve aumento de receita em função dos altos patamares de preços das commodities. Esse foi o principal fator para o crescimento das exportações totais do setor, que avançaram 23,2% no trimestre sobre o mesmo período de 2010 e ficaram em US$ 17,8 bilhões. Em março, individualmente, igual fator pesou sobre as vendas e elas cresceram 22,6% para US$ 7,4 bilhões. "O percentual é muito expressivo", afirmou Junqueira, lembrando que a média de crescimento vem se mantendo nos últimos meses e deve seguir nos próximos.

No primeiro trimestre deste ano, algumas regiões se destacaram como destino das vendas. Uma delas foi a África, onde estão países árabes. A região importou US$ 1,9 bilhão em produtos agrícolas e pecuários do Brasil, com avanço de 69%. Em março, os africanos aumentaram suas compras em 80,6% para US$ 740 milhões. Já as compras do Oriente Médio, onde estão os demais países árabes, não cresceram tanto: 23,7% no trimestre, para US$ 1,8 bilhão, e 10,2% em março, para US$ 610 milhões.

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe - ANBA
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