A Cantábria é uma região do Norte da Espanha pouco conhecida, porém, com grande potencial tecnológico e, segundo o diretor do Centro Espanhol de Negócios, Juan José Maria Lago, o Paraná e a Cantábria têm muitas similaridades. “Além da cultura e do modo de vida muito parecido entre as duas regiões, o setor produtivo da Cantábria é forte em áreas também similares às daqui, como metalmecânica, automação, químico, agroalimentar e energias renováveis”, explica.
Para a coordenadora do CIN, Janet Pacheco, a estrutura e o expertise tecnológico dessa região vão de encontro com os interesses da FIEP no desenvolvimento do setor produtivo do Paraná. “As pesquisas e o investimento em tecnologia para novas energias fazem parte dos Objetivos do Milênio (ONU) para a sustentabilidade, e está na agenda da FIEP”. Além desse alinhamento, Janet destacou o histórico recente de volume de transferência de recursos entre o Brasil e a Espanha. “O fluxo de câmbio entre o Brasil e a Espanha em 2010 foi de mais de R$ 10 bilhões. A participação do Paraná nesse montante não chega a 10%. Precisamos ampliar essa relação comercial”.
OPORTUNIDADES - Neste encontro, o Centro Espanhol de Negócios trouxe representantes de três empresas da Cantábria. Uma do setor têxtil, uma de logística por ferrovias e outra de tecnologia de informação. “Esta é apenas a primeira aproximação com investidores desta região da Espanha. Agora que foi demonstrado real interesse por parte deles, vamos contatar a embaixada e ampliar as oportunidades para outros segmentos e desse modo oferecer outras oportunidades para o setor produtivo do Paraná”, explicou Janet.
O encontro foi realizado em formato de rodada de negócios. Todos os empresários do Paraná que estiveram presentes no evento puderam conversar diretamente com representantes das empresas espanholas. Segundo o gerente comercial da HBS Automação, situada em Telêmaco Borba, Célio Brandão, essa aproximação é importante para a expansão e a diversificação dos negócios. “Hoje nossa expertise é automação para o setor de papel e celulose, mas estamos em busca de parceria para novas tecnologias e novos negócios”, disse.
Fonte: Confederação Nacional da Indústria - CNI