A Expocomer 2011 – uma das principais feiras internacionais da América Central, realizada na semana passada (23 a 26/03) na Cidade do Panamá (Panamá) – contou com a presença de 62 empresas brasileiras de diversos setores, que fecharam US$ 27 milhões em negócios. O pavilhão do Brasil, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), recebeu 8 mil visitantes e foi premiado como destaque da Feira pelo projeto de comunicação visual e pela excelência no atendimento aos compradores.
O resultado superou o atingido no ano passado, quando 39 empresas brasileiras participaram do pavilhão do Brasil e fecharam US$ 15 milhões em negócios. “Vemos que há um interesse crescente das empresas brasileiras por esse mercado, que apresenta um grande potencial. Participaram da Feira empresas de segmentos variados, mas que têm em comum a exposição de produtos inovadores e de qualidade e a busca de diferenciais para concorrer no mercado internacional”, analisa o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges. Participaram do pavilhão do Brasil empresas de máquinas e equipamentos, materiais de construção, móveis, moda, alimentos, tecnologia e artigos para casa e decoração.
Os bons números seguem os resultados gerais do relacionamento comercial Brasil-Panamá: a corrente de comércio (exportações mais importações) entre os dois países teve um incremento de 75% de 2009 para 2010, atingindo US$ 382 milhões no ano passado.
O Panamá é um hub logístico, e a entrada nesse mercado facilita o acesso a diversos países da América Central e Caribe. “É importante que os empresários brasileiros percebam que, além de o Panamá ser um país com uma economia que vem crescendo a padrões quase chineses – uma média de 7% ao ano –, a participação em uma feira no país dá acesso a países como República Dominicana, Venezuela, Colômbia, Equador, ou seja, a um mercado muito mais amplo”, afirmou o embaixador do Brasil no Panamá, Eduardo Prisco, durante seminário para empresários na Cidade do Panamá.
A Expocomer 2011 recebeu, ao todo, 20 mil visitantes, que estiveram em estandes de mais de 30 países e fecharam US$ 128 milhões em negócios.
Algumas das 62 empresas brasileiras já contabilizaram os negócios fechados na Feira. “O Panamá é muito importante para o segmento de moda: por ser um hub logístico, os principais franqueadores das grandes marcas norte-americanas, como Tommy Hilfiger, Nautica, entre outras, são do Panamá. São eles que dão as licenças de operação para as franquias de Brasil, Argentina e de todos os países da região. Assim, boa parte do poder de decisão de compras está no Panamá. A participação na Expocomer é uma oportunidade de divulgarmos a nossa marca e de termos uma espécie de showroom temporário no país. Fizemos novos e bons contatos na Feira, e a expectativa é gerar cerca de US$ 50 mil em negócios”, afirma Guilherme Andrade, vice-presidente para vendas globais e marketing da empresa Expor Manequins – Displays, de São Paulo (SP).
“Negociamos, durante a Feira, um contrato para a distribuição de processadores de resíduos e de equipamentos agrícolas, fabricados pela empresa Laboremus, de Campina Grande (PB). O distribuidor se interessou muito pela linha de processadores de lixo que têm certificação para ser usados em navios, já que o resíduo é processado de maneira a poder ser jogado no mar, sem impacto ambiental. Os negócios na Feira devem gerar US$ 60 mil por mês”, comemora Marcelo Abrantes Silva, da trading All Trade, de João Pessoa (PB).
“Aproveitamos a vinda à Feira para ativar os negócios no país e conseguimos um distribuidor que comprará a nossa linha completa de produtos (um contêiner por mês, com possibilidade de aumento em pouco tempo para dois ou três contêineres)”, relata Edinael Carlos Magalhães, da Titã Eletrocomerciais, fabricante de fornos e vitrines para padarias, confeitarias e lanchonetes de Araraquara (SP).
Fonte: Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - APEX