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24/03/2011
CNI apoia maior rigor na inspeção de produtos importados
 
A ampliação da lista de produtos estrangeiros que passarão por inspeções mais rigorosas na alfândega garantirá maior isonomia competitiva dos produtos brasileiros com os importados. A avaliação foi feita nesta quarta-feira, 23 de março pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) , Robson Braga de Andrade. “A maioria dos produtos importados não são fiscalizados e não atendem às normas técnicas brasileiras”, explicou Andrade.

O novo controle, discutido na reunião do Grupo de Aceleração do Crescimento (GAC), exigirá dos estrangeiros as mesmas especificações de segurança e qualidade requeridas dos produtos brasileiros. Por determinação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, uma lista maior de produtos passará pelos canais vermelhos e cinzas, em que o controle de qualidade é mais rigoroso. O órgão responsável pela verificação será o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

Dentro de duas semanas, os empresários apresentarão ao governo os produtos que deverão ter maior rigor na fiscalização. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, acredita que o controle é “uma medida de emergência”. Segundo ele, a indústria brasileira só ganhará mais competitividade com a desoneração total dos investimentos. De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), Ralph Terra, o novo controle não é uma barreira alfandegária, mas moderniza o processo de internalização de produtos industrializados.

O presidente da CNI lembrou que o maior rigor na fiscalização dos importados é um das propostas que a indústria apresentará para a elaboração da segunda fase da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP2).

O documento que será apresentado ao ministro Fernando Pimentel propõe, entre outras medidas, a aprovação dos Projetos de Lei 717/2003 e 176/2008. Ambos estabelecem critérios mais rigorosos na fiscalização da conformidade dos produtos importados com as exigências brasileiras.

Fonte: Confederação Nacional da Indústria
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