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22/03/2011
Navegação marítima movimenta 747 milhões de toneladas e gastos com afretamento somam US$ 4 bilhões
 
Em 2010, a navegação marítima no Brasil movimentou 747,1 milhões de toneladas (aumento de quase 2% em relação a 2009), das quais 616,4 milhões (82%) no longo curso (aumento de 16%) e 130,7 milhões (18%) na cabotagem (queda de 26%).

Os granéis sólidos (grãos, minérios etc.) responderam por 475,4 milhões (63,7%), dos quais 457,2 milhões foram transportados no longo curso e 18,2 milhões, na cabotagem. Granéis líquidos (petróleo e derivados, álcool, óleos) corresponderam a 169,8 milhões de toneladas (22,7%), dos quais 102,5 milhões só na cabotagem. Contêineres somaram 68,8 milhões de toneladas (9,2%) e carga geral obteve 4,4% de participação ou 32,8 milhões de toneladas.

Navegação de longo curso

Do total movimentado no longo curso, o minério de ferro participou com quase 338,5 milhões de toneladas ou 71,2% do total. Na cabotagem, combustíveis e óleos mineiras somaram 101 milhões de toneladas ou 77,2% do total.

No longo curso, o Extremo Oriente foi o destino de 55,4% do granel sólido (224,8 milhões de toneladas), 33% do granel líquido (quase 10 milhões), 34% da carga geral (quase 7 milhões) e 24,6% dos contêineres embarcados (6,5 milhões de toneladas). Em todos os gêneros de carga, o Extremo Oriente, com destaque para a China, foi o principal destino da carga embarcada nos portos brasileiros, em 2010.

A América do Norte foi o segundo principal destino das exportações brasileiras, exceto as de granel sólido, das quais absorveu menos de 4% do granel sólido (15,7 milhões de toneladas). Para a região, foram embarcados 25,8% do granel líquido (7,6 milhões), 24,5% da carga geral (5 milhões) e 27,1% dos contêineres (9,1 milhões de toneladas).

A Europa ficou em terceiro lugar, ao receber 16,7% do granel sólido brasileiro (67,7 milhões de toneladas), 15% do granel líquido (4,4 milhões), 16,6% da carga geral (3,4 milhões) e 20,4% dos contêineres embarcados (6,8 milhões de toneladas).

A principal origem dos granéis desembarcados no Brasil foi a América do Norte, de onde vieram 35,8% do granel sólido (18,4 milhões de toneladas) e 19,6% do granel líquido (7,4 milhões), enquanto o Extremo Oriente foi a principal origem da carga geral (40,6% ou 3,1 milhões) e dos contêineres (33,3% ou 9,9 milhões de toneladas) desembarcados no Brasil.

Navegação de cabotagem

Os portos paraenses foram a principal origem do granel sólido transportado por cabotagem no Brasil. De lá vieram 75,3% ou 13,7 milhões de toneladas, a maior parte, 40,4% ou 7,3 milhões foram movimentados de um ponto a outro da costa do próprio Estado do Pará e 34,4% ou 6,2 milhões tiveram como destino o Maranhão. Os dois Estados desembarcaram, portanto, 74,8% do granel sólido movimentado na cabotagem.

A principal origem do granel líquido movimentada por cabotagem é a plataforma continental, de onde provém 60,5% do total movimentado na cabotagem em 2010 ou 62 milhões de toneladas. O principal destino é São Paulo, para onde vão 39% do granel com origem na plataforma ou quase 40 milhões de toneladas.

A principal origem da carga geral movimentada por cabotagem é o Estado da Bahia, de onde saem 57,4% ou 2,7 milhões de toneladas. O principal destino é o Espírito Santo, para onde vão 61,1% ou 2,9 milhões de toneladas, a maior parte (2,69 milhões) proveniente da Bahia.

Gastos com afretamentos

Em 2010, os gastos com afretamento somaram pouco mais de US$ 4 bilhões (alta de 25% em relação a 2009), dos quais US$ 2,27 bilhões no longo curso (alta de 3%), US$ 1,61 bilhão no apoio marítimo (alta de quase 66%), U$ 133,7 milhões na cabotagem (alta de 88%) e US$ 21,7 milhões no apoio portuário (alta de 46%).

No longo curso, quase 67% dos gastos (mais de US$ 1,5 bilhão) foram feitos com afretamento de petroleiros. No apoio portuário, 72,6% ou US$ 1,17 bilhão foram gastos com afretamento de embarcações do tipo AHTS (Anchor Handling Tug Supply), cuja função é instalar e manter plataformas de petróleo e do tipo PSV (Platform Support Vessel), que presta serviços de suporte às plataformas. Na cabotagem, quase 50% ou US$ 66,8 milhões destinaram-se ao afretamento de graneleiros.

Fonte: Agência Nacional de Transporte Aquaviário - ANTAQ
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