No período, houve retração nas exportações de produtos manufaturados (-8,1%), principalmente, de autopeças, óleos combustíveis, automóveis, partes de motores, polímeros plásticos e veículos de carga. Entre os básicos (-4,2%) a queda foi maior nas vendas de minério de ferro, carne de frango, bovina e suína, trigo em grãos e milho em grãos, enquanto que cresceram as exportações de semimanufaturados (+3,4%), com destaque para ferro-ligas, alumínio em bruto, óleo de soja em bruto, catodos de cobre e ligas de alumínio.
As aquisições no exterior, na terceira semana de março, foram de US$ 4,533 bilhões (média de US$ 865 milhões). Houve crescimento de 12,6% nas importações, na comparação com a média até a segunda semana (US$ 805,1 milhões), explicado, principalmente, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes e químicos orgânicos e inorgânicos.
Houve, portanto, déficit, no período, de US$ 100 milhões, com média diária negativa de US$ 20 milhões por dia útil.
Mês
As exportações, no acumulado de março, com 12 dias úteis (1° a 20), foram de US$ 10,910 bilhões, com média diária de US$ 909,2 milhões. Por este comparativo, o número é 33% superior à média de US$ 683,8 milhões do mês de março de 2010.
Houve aumento das vendas nas três categorias nesta comparação. Nos básicos (45%), os destaques ficaram por conta de trigo em grão, minério de cobre, minério de ferro, milho em grão, café em grão, carne de frango, bovina e suína e farelo de soja. Nos semimanufaturados (44,1%), os produtos mais vendidos foram de ferro fundido, semimanufaturados de ferro e aço, óleo de soja em bruto, ferro-ligas, couros e peles, açúcar em bruto e celulose. Entre os manufaturados (18,6%), os maiores embarques foram de suco de laranja, óleos combustíveis, polímeros plásticos, partes de motores para veículos, açúcar refinado, autopeças e automóveis.
Já em relação à média de fevereiro deste ano (US$ 836,7 milhões), houve crescimento de 8,7%, com aumento nas exportações de produtos básicos (13,7%), semimanufaturados (14,1%) e manufaturados (3,1%).
Nas três primeiras semanas do mês, as importações chegaram a US$ 10,169 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 847,4 milhões. A média é 29,5% maior que a de março do ano passado (US$ 654,6 milhões). Houve aumento nos gastos de adubos e fertilizantes (91,4%), plásticos e obras (45,5%), combustíveis e lubrificantes (44,9%), cereais e produtos de moagem (44,5%), equipamentos mecânicos (35,6%), borracha e obras (33,1%), aparelhos eletroeletrônicos (33%) e veículos automóveis e partes (31,9%).
Já na comparação com o resultado médio de fevereiro de 2011 (US$ 776,7 milhões), os gastos no mercado externo também registraram aumento de 9,1%, com destaque para as compras de combustíveis e lubrificantes (21,8%), adubos e fertilizantes (21,2%), plásticos e obras (17%), equipamentos mecânicos (13,1%), equipamentos elétricos e eletrônicos (12,4%), cereais e produtos de moagem (10,7%) e siderúrgicos (9,5%).
No mês, o saldo da balança comercial é positivo em US$ 741 milhões, com média diária de US$ 61,8 milhões. No comparativo com as médias de outros meses, o valor é 111% maior que o registrado em março de 2010 (US$ 29,3 milhões) e 3% superior ao de fevereiro último (US$ 60 milhões).
A corrente de comércio em março já soma US$ 21,079 bilhões, com média diária de US$ 1,756 bilhão. Neste resultado, houve crescimento de 31% em relação à média de março de 2010 (US$ 1,338 bilhão) e aumento de 8,9% na comparação com fevereiro último (média de US$ 1,613 bilhão).
Acumulado do Ano
De janeiro até a terceira semana de março, o superávit da balança comercial chega a US$ 2,362 bilhões (média diária de US$ 44,6 milhões). O resultado é 217,9% maior que o verificado no mesmo período do ano passado (média diária de US$ 14 milhões). Nos 53 dias úteis de 2011, a corrente de comércio somou US$ 83,352 bilhões (média diária de US$ 1,572 bilhão), com aumento de 25% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,258 bilhão).
No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 42,857 bilhões (média diária de US$ 808,6 milhões), resultado 27,1% acima do verificado no mesmo período de 2010, que teve média diária de US$ 636,2 milhões. O resultado anual acumulado das importações também está 22,8% maior em relação ao ano passado (média diária de US$ 622,2 milhões). No ano, as importações chegam a US$ 40,495 bilhões (média diária de US$ 764,1 milhões).
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC