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22/02/2011
Nova Política de Desenvolvimento Produtivo vai incluir comércio e serviços
 
Alana Gandra

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A nova Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) vai incluir o setor de comércio e serviços, disse hoje (21), na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

De acordo com ele, essa é uma questão que não pode ficar ausente de uma discussão de desenvolvimento produtivo. “Esse é um setor que responde por quase 60% do emprego, da mão de obra no Brasil. Então, tem que incluir esse setor também nessa discussão.”

Pimentel esclareceu que não será dado incentivo ao comércio. A ideia, enfatizou, é estimular uma parceria mais estreita entre a indústria e o comércio. “O comércio precisa de um estreitamento do seu diálogo com a indústria, porque quem vende o produto da indústria é o comércio. Se você estreita esse laço, vai ter produtos mais adequados ao mercado, produtos mais inovadores e tecnologicamente mais bem feitos e que atendam mais o consumidor.”

Esse diálogo deve resultar no aumento das vendas do comércio e crescimento da produção. “É isso que queremos. O comércio não pode ficar ausente da conversa com a indústria.”

Segundo Pimentel, o governo pretende também incluir no debate a construção de uma política de comércio exterior, que tente impulsionar o desenvolvimento produtivo. “privilegiando o conteúdo nacional, trabalhando no sentido de que as cadeias de produção, ao serem permeadas pela importação, não percam sua soberania, sua característica brasileira.”

A discussão sobre a nova PDP se estenderá por todo o mês de março, ouvindo representantes dos setores envolvidos, disse o ministro. A orientação dada pela presidenta Dilma Rousseff é que a PDP possa ser concluída, no máximo, até abril, para que possa anunciá-la ao país.

Ao falar a empresários da ACRJ, o ministro deixou claro que não há solução mágica para o comércio exterior. Para vencer concorrentes como a China, por exemplo, o Brasil deve reagir com competitividade e respeitando as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). “Vamos ter que descobrir a receita da competitividade.”.

A restrição às importações não faz a balança comercial brasileira melhorar, assinalou Pimentel. “Precisamos, ao contrário, ampliar a rede de comércio”. Ele afirmou ainda que o governo vai restringir os produtos que entram no país e que representam danos à indústria nacional.

“Produtos que entram via subfaturamento ou que entram com falsificação de origem. Isso faz parte da defesa comercial básica de qualquer país. Porém, não é isso que vai salvar o país de um desequilíbrio da balança comercial”. Segundo ele, o Brasil precisa é buscar competitividade.

Edição: João Carlos Rodrigues

Fonte: Agência Brasil
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