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17/02/2011
Exportações cearenses crescem 8% em janeiro
 
Fortaleza - As exportações cearenses em janeiro, com o total de US$ 108,8 milhões, cresceram 8% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram exportados US$ 100,764 milhões. O resultado, porém, indica o saldo negativo de US$ 10,914 milhões na nossa balança comercial já que as importações atingiram US$ 119,785. O percentual das exportações cearenses é bem menor do que o percentual de crescimento das exportações brasileiras, de 34,6%. No comparativo histórico de janeiro, o valor exportado em 2011 pelo Ceará, no entanto, é o segundo maior dos últimos dez anos.

Os dados são da pesquisa Ceará em Comex, produzida pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) , com base em estudo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Com relação aos produtos exportados, foram 170 itens em janeiro. Nos últimos dez anos, esse número só é superior ao do ano de 2002, quando foram vendidos 243 itens. No ano passado, o estado comercializou 218 produtos diferentes. O levantamento aponta ainda que cinco estados não apresentaram crescimento nas exportações de janeiro de 2011 em relação a janeiro de 2010.

Dentre esses, quatro são nordestinos: Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Piauí. A região Nordeste é também a única que não obteve crescimento das exportações, sofrendo variação negativa de 5,3% em janeiro de 2011 comparado a janeiro de 2010.

No Ceará, os quatro principais setores exportadores são responsáveis por cerca de 75% do total exportado pelo estado em janeiro de 2011. São eles: calçados (US$ 36,308 milhões), com 33,4%; castanha de caju – amêndoa e LCC (US$ 20,400 milhões), com 18,7%; couros (US$ 13,605 milhões), com 12,5%; e fruticultura (US$ 11,209 milhões), com 10,3%. Já os setores de freios e suas partes e o setor de móveis apresentam crescimento de 189,2% e 185,0%, respectivamente, em relação às exportações de janeiro de 2010. O setor de calçados continua sendo o principal exportador, mas sofreu queda de 18,7% quando comparadas as exportações de janeiro de 2011 e 2010.

Outro dado importante em relação aos principais setores exportadores cearenses – calçados, castanha de caju, couros, fruticultura e ceras vegetais – é que apresentam saldo comercial positivo. Dentre os principais produtos exportados pelo Ceará, destaca-se ainda o crescimento de 113,5% de outros couros/peles bovinos, comparando-se janeiro de 2011 a janeiro de 2010; e a exportação de produtos de ferro/aço, que somente nesse primeiro mês exportou mais da metade do valor que foi exportado em todo o ano de 2010. No que diz respeito aos destinos de nossas vendas externas, o Peru é destaque dentre os países compradores das exportações cearenses, com crescimento de 1.679,3% nas compras de janeiro de 2011 comparadas às de janeiro de 2010. O país importou, principalmente, produtos de ferro/aço. O valor importado pelo Peru corresponde ao total exportado pelo Ceará. O Porto de Cabedelo, em João Pessoa (PB), aparece no meio dos principais corredores das exportações cearenses devido à exportação de granito cortado em blocos ou placas.

Outro corredor que merece destaque é o Porto de Salvador, com crescimento de 103,7% das exportações cearenses em janeiro de 2011, comparado a janeiro de 2010. Entre os principais setores importadores, destacam-se os de trigo, com crescimento de 150,5%, e o de papel, com crescimento de 124,2% em janeiro de 2011 com relação a janeiro de 2010.
Quanto à importação, os principais produtos são o algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado oriundo de Argentina e Uruguai, com crescimento de 997,0%; e os laminados de ferro/aço com revestimento de óxido de cromo e/ou cromo, oriundos de Coreia do Sul, Taiwan e Colômbia, com crescimento de 462,3%. A Argentina é o principal país-origem das importações cearenses em janeiro de 2011, superando os EUA e China. Parte disso se deve à importação de trigo, principal produto importado no mês, e ao algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado, que é o terceiro principal produto importado no mês.

Fonte: Confederação Nacional da Indústria
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