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15/02/2011
Setor sucroenergético define países-alvo para promoção de exportações
 
Em oficina realizada nesta semana, em Sertãozinho (São Paulo), foram definidos os principais mercados a serem trabalhados pelas empresas do Brazilian Sugarcane Bioenergy Solutions

Empresários integrantes do projeto Brazilian Sugarcane Bioenergy Solutions, desenvolvido em parceria pelo Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), definiram, em oficina realizada nesta semana, os oito países-alvo das ações de promoção de exportações em 2011 e 2012. Com perspectiva de negócios imediatos, serão trabalhados os seguintes mercados: Argentina, Colômbia e Venezuela, na América do Sul; Guatemala, na América Central e Caribe; e México, na América do Norte. Em busca de resultados de longo prazo, o foco estará em Sudão e África do Sul, no continente africano, e Tailândia, na Ásia. Nesses destinos, o objetivo será fazer prospecções sobre oportunidades para futuras negociações.

O Brazilian Sugarcane Bioenergy Solutions é o projeto de promoção de exportações de equipamentos, produtos e serviços das empresas do setor sucroalcooleiro que objetiva aumentar as exportações do setor, projetando o Brasil como referência em nível mundial. A definição dos mercados-alvo do Projeto aconteceu durante a “Oficina de Análise de Mercados Potenciais”, realizada na Faculdade Semar/Unicastelo, em Sertãozinho (São Paulo), com participação de cerca de 20 empresas e técnicos da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex-Brasil. O evento teve também o apoio do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise-BR) e da Prefeitura de Sertãozinho.

Para identificar os mercados-alvo, a Apex-Brasil utilizou uma metodologia que dimensiona a conjuntura dos mercados em potencial e os interesses dos empresários. “Fizemos a análise quantitativa, com números do PIB, exportação e produção, entre outros, de diversos países onde é possível haver interesse para o setor”, explica Marcos Tadeu Caputi Lélis, coordenador da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex-Brasil. Para aperfeiçoar a análise do mercado externo, esse levantamento preliminar foi somado a informações fornecidas pelos empresários, na chamada análise qualitativa. “Temos as informações de demanda, mas não sabemos a capacidade de oferta das empresas”, diz Lélis.

As informações foram comparadas, e chegou-se aos mercados com maior potencial para os produtos do setor. “Uma solução encontrada para convergir as diversas necessidades de demanda e oferta foi definir o aspecto regionalizado das missões internacionais”, explica Lélis. “Quando houver uma ação em determinado país, vamos procurar estabelecer diálogo com governos e empresários de mercados ao redor para otimizar o tempo e os investimentos”, complementa Eduardo Caldas, gestor de projetos da Apex-Brasil.

Dos oito mercados selecionados, somente na Venezuela o foco será exclusivo em empresários locais. Nas ações realizadas na Argentina, haverá também a busca por contatos com Uruguai, Paraguai e Chile. Na Colômbia, os contatos serão estendidos a Equador e Peru, e, quando a ação for na Guatemala, deverá ser coordenada com representantes de Cuba, Jamaica, Honduras, El Salvador e Panamá. No caso do México, a perspectiva é estabelecer diálogo também com empresas dos Estados Unidos. No Sudão, o objetivo será alcançar todo o norte da África, enquanto que as ações na África do Sul terão foco no sul do continente. A Tailândia servirá de ponto de partida para ações envolvendo países de todo o sudeste asiático, além de China e Índia.

O presidente do APLA, José Antonio de Godoy, participou da oficina e elogiou a qualidade dos debates. “É muito importante este exercício constante de troca de informações”, disse Godoy. Para o secretário-executivo do APLA, Flávio Castelar, “este diálogo é importante para que possamos construir uma estratégia em conjunto e ter chances mais amplas de encontrar bons parceiros e negócios”. Um dos integrantes da oficina foi o representante de vendas da Mausa, Luiz Baldini, para quem a oportunidade contribuiu para ampliar as discussões internas da empresa e oferecer uma compreensão mais ampla de oportunidades de negócio. “Tem muita informação boa aqui, e também podemos trocar experiências e entender alguns aspectos antes não observados dentro de nossas empresas”, disse.
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