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06/12/2010
Empresários brasileiros e angolanos reforçam laços comerciais durante missão empresarial brasileira
 
Representantes de 25 empresas brasileiras dos setores de alimentos e bebidas, móveis, material de construção, máquinas e equipamentos industriais, máquinas agrícolas e serviços fizeram visitas individuais a empresários angolanos no primeiro dia da missão empresarial organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Foram realizadas ainda mais de 50 reuniões de negócios em Luanda (Angola), cidade visitada pelo grupo.

Conhecer a estrutura dos parceiros comerciais é um dos objetivos da missão que reúne empresas com bastante experiência em exportações e iniciantes no mercado externo. A missão que teve início em 29 de novembro termina dia 2 de dezembro, em Joanesburgo (África do Sul).

Enquanto os representantes do setor privado realizavam visitas individuais, o secretário de Comércio Exterior do MDIC e chefe da missão brasileira, Welber Barral, cumpria uma agenda de reuniões com empresários e autoridades angolanas. Um dos encontros foi com o ministro de Finanças de Angola, Carlos Alberto Lopes.

Processo de reconstrução

Angola é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na África. As exportações brasileiras para o país atingiram o ápice em 2008, com US$ 1,974 bilhão. Em 2009 e 2010 os valores recuaram para US$1,333 bilhão e US$ 771 milhões, respectivamente, interrompendo um ciclo de nove anos de crescimento. A missão organizada pelo MDIC é uma forma de incentivar as trocas comerciais bilaterais e participar do processo de reconstrução do país.

A economia angolana se recupera após um período de 27 anos de guerra civil. Com o fim do conflito, em 2002, o país passou a registrar uma das maiores taxas de crescimento econômico dos anos recentes, conduzida pelo setor petrolífero e pelas obras de reestruturação.

Mesmo com a crise de 2009, Angola manteve o crescimento de 14,9% do Produto Interno Bruto (PIB), com expansão de parcerias internacionais e investimentos. A previsão para 2011 é de 7% de crescimento. Muitas empresas brasileiras passaram a atuar em território angolano a partir das oportunidades geradas pelo processo de recuperação da capacidade produtiva, especialmente na área de infraestrutura.
 
Centro de Negócios na África

Em Luanda, os empresários brasileiros também participaram do lançamento do primeiro Centro de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) na África. Em seu discurso na solenidade de lançamento, o secretário Welber Barral enfatizou a importância da iniciativa: “Temos apenas oito centros como este no mundo e Angola foi escolhida para ser a porta de entrada do Brasil no continente africano”. Também estiveram presentes o diretor de planejamento da Apex-Brasil, Ricardo Schaefer e a embaixadora do Brasil em Angola, Ana Lucy Cabral Petersen.

O Centro de Negócios está sendo estruturado para entrar em operação a partir de março de 2011 e facilitar os investimentos de empresas brasileiras. Durante uma entrevista coletiva realizada após a cerimônia de abertura, o secretário de Comércio Exterior do MDIC lembrou que já existem 40 projetos de integração regional com potencial de geração de negócios em diferentes áreas como educação, saúde e agricultura.
"Queremos que empresas brasileiras trabalhem com empresas de Angola. O objetivo principal não é só vender produtos, mas criar soluções de desenvolvimento econômico e social”, disse Barral. A ministra do Comércio de Angola, Maria Idalina Oliveira Valente, participou da solenidade de abertura. Ela declarou que a iniciativa vai aumentar as oportunidades de desenvolvimento do comércio bilateral.

Fonte: MDIC
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