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03/11/2010
Expo Xangai: Brasil atinge a maior participação já registrada em evento internacional
 
A Exposição Universal de Xangai 2010 encerrou neste domingo (31/10) às 22h. Após 184 dias ininterruptos de visitação, o evento foi comemorado pelos chineses como o maior de toda a história das Expos, que teve início em Londres, em 1851, e se repete a cada cinco anos. O Pavilhão do Brasil, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e executado pela Apex-Brasil, registrou 2,63 milhões de visitantes e, portanto, configura-se como a maior participação já promovida pelo país num evento dessa magnitude, tanto em número de visitantes quanto em ações promovidas.
Foram 192 países participantes e 50 organizações internacionais, além de grandes corporações. Os números da Expo Xangai são extraordinários, o que, de fato, proporcionou ao Brasil uma excelente oportunidade de estreitar relações com a China, hoje um dos principais parceiros econômicos do país. Foram mais de 73 milhões de visitantes e milhares de atividades culturais, temáticas e comerciais ao longo dos seis meses da Exposição, que começou no dia 1° de maio.
Numa área de 2.000 m2, o Brasil construiu seu espaço e usou-o como uma plataforma de negócios, debates, troca de ideias, disseminação de propostas e construção de imagem. Na agenda montada com a participação de 17 Ministérios e órgãos públicos, 20 governos estaduais e municipais, 10 entidades setoriais e cinco Federações de Indústria, além de empresas privadas, havia diversas atividades.
A agenda de negócios, que contou com 1.574 participantes, abrangeu encontros entre empresários brasileiros e chineses, seminários de apresentação de oportunidades de investimentos e de promoção de produtos agrícolas, rodada de negócios, workshop com operadores de turismo, atividades promocionais de imagem com formadores de opinião, entre outras ações.
O Pavilhão do Brasil abrigou, ainda, cinco Fóruns Temáticos, que atraíram um público de 780 representantes de instituições financeiras e órgãos governamentais da China, bem como de universidades, empresas, entidades representativas da indústria e ONGs do país. Os temas abordados foram: Tecnologia da Informação e Inclusão Social; Ciência, Tecnologia e Inovação; A Energia que move as Cidades Brasileiras; Água para o Desenvolvimento Regional; e Regeneração Urbana.
A programação cultural também foi desenhada com o intuito de apresentar, em Xangai, a cara do Brasil. Os entusiasmados visitantes da Expo ouviram e dançaram ao som da viola mineira, do sapateado gaúcho, da batida do boi-bumbá maranhense e da guitarra baiana. Para o chinês, que em geral conhece apenas o samba e o carnaval, foi uma surpresa descobrir tantos ritmos.
O Brasil promoveu 109 espetáculos. A convite da Apex-Brasil e do Consulado do Brasil em Xangai, passaram pelo Parque de Exposições os seguintes artistas e grupos: Carlinhos Brown, Mart’nália, Carlinhos de Jesus, Chico Lobo, Os Gaúchos, Mawaca, Tambolelê, Boizinho Barrica, Ilê Aye e Bahia System. Também participou das atividades culturais o cartunista Mauricio de Sousa, que, além de mostrar a sua Turma da Mônica em mandarim para crianças da Província de Sichuan, destruída pelo terremoto de 2008, e de escolas públicas de Xangai, palestrou para mais de 200 estudantes da Universidade Normal de Xangai ao lado do professor Mei Zihan, diretor do Instituto de Pesquisa Literária Infantil e Membro da Associação de Escritores da China.
O Pavilhão do Brasil começa, agora, a ser desmontado, e parte de seu acervo irá para o Museu da Expo, que o Governo chinês construirá ao longo de 2011. A próxima Exposição Universal acontece em 2015, em Milão.
Fonte: Apex
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