"No caso do país asiático, a demanda muito grande por minério de ferro e carvão acarreta o aumento do preço desses insumos. Além disso, os fornecedores de matérias-primas são bastante organizados, o que favorece favorece seu poder de barganha. Já a siderurgia, por ser pulverizada, perde força na negociação".
Darcton lembrou que em 2000, o preço das matérias-primas representava 20% do custo de uma tonelada de aço, enquanto que hoje ultrapassa 70%. "A tendência é que essa competição fique cada vez mais acirrada, a despeito da evolução prevista no aumento do consumo de aço na próxima década".
Com relação às importações de aço, disse que há alguns anos era da ordem de 2% e que hoje está na faixa de 20%. "É como se tivéssemos um novo player disputando o mercado doméstico", exemplificou o executivo.
Para se fortalecer contra esses fatores conjunturais e se manter competitiva, a Usiminas investe pesadamente em novas tecnologias, visando aumentar a produtividade e enobrecer produtos. Entre os mais recentes projetos citou a Coqueria 3, o CLC (tecnologia de Resfriamento Acelerado para a linha de Chapas Grossas) e a Unigal 2, todos na usina de Ipatinga (MG), e o novo LTQ, em Cubatão (SP).
Responsável também pela área de inovação, Darcton não poderia deixar de citar o Centro de Tecnologia Usiminas, espaço onde se absorve, gera e compartilha conhecimentos científicos e tecnológicos na empresa há quatro décadas. Nesse período já foram obtidas pela Usiminas, 410 cartas patentes.
Em sua mensagem final, o engenheiro salientou que eventos como o Seminário de Laminação, "onde existe a troca de informações sobre as melhores práticas adotadas pelas usinas", são muito importantes para manter o setor competitivo. "É uma honra estar aqui representando a empresa anfitriã deste evento, em sua 47ª edição, no mesmo dia em que a Usiminas comemora seu 48° aniversário".
Fonte: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração