Segundo o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, "o aumento das importações tem a ver com o aquecimento do mercado doméstico e com o aumento das exportações. Quanto mais nós aumentarmos as exportações, mais nós vamos aumentar as importações, porque 50% da importação é insumo. Então, há uma correlação necessária”, explicou, durante a entrevista coletiva realizada hoje no ministério, para comentar os números do mês.
Entre os bens de capital importados, os itens que mais cresceram na comparação com setembro do ano passado foram maquinaria industrial, equipamento móvel de transporte, acessórios de maquinaria industrial, partes e peças para bens de capital para indústria e máquinas e aparelhos para escritório e científico.
Em relação aos bens de consumo, houve compras alavancadas pela proximidade do natal, seguindo tendência sazonal. Os destaques ficaram para máquinas e aparelhos para uso doméstico, móveis, vestuário, automóveis e produtos de toucador.
Em setembro, a exportação de produtos básicos alcançou US$ 8,906 bilhões, recorde para o mês, enquanto os manufaturados e semimanufaturados somaram US$ 7,152 bilhões e US$ 2,449 bilhões, respectivamente. Sobre igual período do ano anterior, as três categorias de produtos registraram crescimento: manufaturados (16,1%), básicos (61,9%) e semimanufaturados (30,1%).
Na comparação com setembro de 2009, importantes produtos da pauta de exportações apresentaram elevação de preços, com destaque para minério de ferro (172,9%), suco de laranja (70,9%), laminados planos (50,3%), semimanufaturados de ferro e aço (50,1%), couro (49,3%), celulose (43,9%), fumo em folhas (35,9%), café em grão (27,3%), carne suína (25,7%), açúcar em bruto (23,6%), açúcar refinado (21,5%), etanol (20,7%), milho (17,9%), carne bovina (+16,7%), alumínio em bruto (15,5%) e óleo de soja em bruto (11,1%).
Países e blocos econômicos
Neste mês, as exportações para a China foram de US$ 3,277 bilhões, com crescimento de 74,2%, resultado do aumento das vendas de minério de ferro, soja em grão, petróleo, açúcar e óleo de soja em bruto. O país asiático foi o maior comprador dos produtos brasileiros seguidos de Argentina (US$ 1,863 bilhão), Estados Unidos (US$ 1,657 bilhão), Países Baixos (US$ 906 milhões) e Japão (US$ 746 milhões).
Em relação aos blocos econômicos, foram retomadas as vendas externas para a África, que tiveram aumento de 45% sobre setembro de 2009. No mesmo período, houve expansão nas exportações para Mercosul (53,5%), Oriente Médio (49,4%), Ásia (44,1%) e União Européia (26,9%).
Sobre as importações, os cinco principais países fornecedores foram China (US$ 2,727 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,631 bilhões), Argentina (US$ 1,349 bilhão), Alemanha (US$ 1,170 bilhão) e Coréia do Sul (US$ 767 milhões).
Fonte: MDIC