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07/12/2016
Novo ciclo de desenvolvimento do Brasil tem EUA como parceiro central, defende Marcos Pereira
 

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, apontou os Estados Unidos como parceiro central para as relações comerciais brasileiras no momento em que inaugura um novo ciclo de desenvolvimento. “É orientação do governo federal que o Brasil se lance à negociação de novos acordos”, disse. 

O ministro reconheceu, em discurso de abertura da 34ª Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (CEBEU), que comemora 40 anos, na manhã de hoje, que o país passa por um processo duro de reformas e ajustes. Mas destacou que para a retomada do crescimento econômico, é preciso “olhar para fora”.

O ministro defendeu também que a relação entre Brasil e Estados Unidos possui dimensão estratégica e está acima “da transitoriedade dos governos”. O evento segue durante todo o dia e prevê a realização de painéis para discutir a parceria entre os dois países, a partir das conquistas e também as perspectivas para o futuro das relações.

O Conselho é o maior e mais antigo mecanismo empresarial de diálogo entre Brasil e Estados Unidos. “As conquistas conjuntas (Brasil-EUA) nestas quatro décadas funcionam como garantias de que, independentemente dos governantes que ocupem as lideranças de nossos países, a cooperação continuará direcionada a um vetor comum de desenvolvimento”, garantiu Marcos Pereira.

O ministro recebeu das mãos do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson de Andrade, uma extensa proposta para a realização de um Acordo de Livre-Comércio entre Brasil e Estados Unidos. A U.S. Chamber, entidade empresarial americana, entregará o estudo ao novo governo americano, em janeiro.

O setor privado defende a eliminação de tarifas, negociação de barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias, além da efetivação de parcerias em setores como aviação, biocombustíveis, defesa e segurança, entre outros.

O vice-presidente sênior de Estratégia Internacional e Operações da US Chamber of Commerce, Robert Schroder, declarou, durante o evento, que apesar do momento de incerteza política, comum aos dois países, está confiante no avanço das relações, e avalia que a gestão Donald Trump poderá abrir uma janela de novas oportunidades em 2017.

No Brasil, as medidas para melhorar o ambiente de negócios e proporcionar segurança jurídica e previsibilidade aos parceiros está em curso. Foi o que garantiu o ministro Marcos Pereira. Entre outras iniciativas, ele lembrou o primeiro ano do programa piloto de PPH (compartilhamento de análises de patentes entre o INPI e o Escritório de Patentes dos EUA), previsto para durar até 2018.

As políticas para reduzir o “custo Brasil” incluem o Portal Único de Comércio Exterior, a determinação do governo de aprovar a PEC do Teto dos Gastos e o novo estatuto das estatais. Dentro do sistema MDIC, está em fase final estudo que apontará mais de 60 medidas para desburocratizar as relações entre governo e setor produtivo.

Fonte: MDIC - Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

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