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05/07/2016
Brasil atinge mais de 90% da Cota Hilton
 

Este é o maior resultado desde 2006/2007; foram embarcadas 9,2 mil toneladas de carne bovina entre junho de 2015 e junho de 2016.

Pela primeira vez, em dez anos, o Brasil atingiu mais de 90% da Cota Hilton com o embarque de 9,2 mil toneladas de carne bovina entre junho de 2015 e junho de 2016. Com isso, o país chega a 92.9 % das 10 mil toneladas concedidas pela União Europeia ao Brasil na Hilton.
Ano HiltonCota Ton.UsoSem Uso%
2004/20055.000,004.945,4254,5898,9 %
2005/20065.000,004983,6216,3899,7 %
2006/20075.000,004.990,279,7399,8 %
2007/20085.000,002.513,002.486,0350,3 %
2008/20095.000,001.226,143.773,8624,5 %
2009/201010.000,00791,639.208,377,9 %
2010/201110.000,00450,589.549,424,5 %
2011/201210.000,002.562,237.437,7725,6 %
2012/201310.000,002.977,937.022,0729,8 %
2013/201410.000,004.078,925.921,0840,8 %
2014/201510.000,08.002,061.997,9480,0 %
2015/2016 até 30/jun10.000,009.287,96712,0492,9 %


A cota Hilton é constituída de cortes especiais do quarto traseiro, de novilhos precoces, e seu preço no mercado internacional geralmente é mais alto do que a carne em geral.

A cota anual, de 65.250 toneladas, é fixa, e a ela somente têm acesso os países credenciados: Argentina, Austrália, Brasil, Uruguai, Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá e Paraguai. A Argentina possui uma cota de quase 50% do montante (28.000 toneladas). A Austrália é autorizada a vender 7.150 toneladas, o Brasil 10.000, os EUA e Canadá 11.500 juntos, a Nova Zelândia 1.300 e o Uruguai 6.300 toneladas.

A vantagem é que o produto destinado à Cota Hilton tem somente uma tarifa de 20% ad valorem, ou seja, 20% sobre o valor da mercadoria. A tarifa extra cota é de 12,8% mais 303,4 euros por 100 quilos de carne.

De acordo com Fernando Sampaio, diretor-executivo da ABIEC, o desempenho do Brasil na Cota Hilton vem melhorando porque a indústria começou, já há algum tempo, a organizar seu fornecimento de modo a atender aos critérios da cota, para aproveitar assim a vantagem que se tem na tarifa de importação.

"Porém, vale lembrar que a Hilton cria, além das barreiras sanitárias que já existem para a carne brasileira, barreiras técnicas como a exigência de alimentação exclusiva a pasto e identificação individual desde a desmama. Nosso desempenho só aumentou porque, pela diferença de preço, vale a pena cumprir as exigências. Ainda assim, consideramos que a definição da Hilton hoje continua sendo prejudicial para o país e precisa ser atualizada, incluindo questões de sustentabilidade. A renegociação destas exigências com as autoridades europeias continua sendo uma pauta da ABIEC junto aos Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores", afirma Sampaio.

Fonte: ABIEC - Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes

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