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21/06/2016
Ministro do MDIC participa de reunião da Coalizão Empresarial Brasileira
 

Durante encontro com empresários na CNI, o ministro disse que o Brasil tem adotado uma estratégia comercial mais agressiva.

O ministro da Industria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, afirmou nesta última segunda-feira (20.06), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), durante reunião da Coalizão Empresarial Brasileira, que o país tem adotado uma estratégia comercial mais agressiva, com assinatura de novos acordos e de maior abrangência temática.

“O Brasil não pode mais enxergar o comércio exterior como mera saída para os momentos de crise. Tenho a convicção de que todos aqui acreditam que o Brasil precisa estar mais bem integrado às cadeias globais de valor (...) O governo brasileiro tem buscado uma correção de rumos nesse sentido. Temos adotado uma estratégia mais agressiva, com assinatura de mais acordos e de maior abrangência temática”, disse.

“Não estamos falando de uma inserção a qualquer custo. Estamos falando de uma inserção qualificada, a partir de uma avaliação dos interesses brasileiros concretos, desenhada em conjunto com o setor privado, e não em resposta a pressões”, completou o ministro.

Marcos Pereira citou como exemplo da nova postura brasileira, a antecipação de cronogramas de desgravação; negociações de acordos automotivos; negociação para um acordo amplo entre Brasil e México; acordos de serviços e de compras públicas com países da região; e acordos de convergência regulatória e de facilitação de comércio com os Estados Unidos.

União Europeia

Durante o discurso, o ministro destacou as negociações entre Mercosul e União Europeia. “Temos, neste momento, razões para entusiasmo: depois de 17 anos de negociações, há, com a troca de ofertas realizada em maio, boas perspectivas de avanço na negociação (...) As relações entre o Mercosul e a União Europeia, tanto no setor privado quanto na esfera governamental, fundamentam-se em interesses concretos, que se traduzem em investimentos robustos e no incremento do intercâmbio comercial”, disse.

O ministro citou uma série de benefícios caso o acordo seja concluído, tais como o aumento do acesso de bens, serviços e investimentos do Brasil ao mercado da União Europeia, que possui uma população de mais de meio bilhão de habitantes e representa uma economia com PIB de USD 18,5 trilhões; eliminação ou redução de barreiras tarifárias e não tarifárias, muitas delas hoje proibitivas às exportações brasileiras; e melhora das condições de competição dos exportadores brasileiros em relação a concorrentes que hoje já possuem acesso privilegiado ao mercado europeu em razão de acordos de comércio, como por exemplo México, Canadá, Peru, Colômbia, Coreia e África do Sul.

“Em qualquer caso, ressalto que não estamos buscando um acordo a qualquer custo. Somente concluiremos o acordo com a UE que seja equilibrado em termos de concessões e nos traga benefícios concretos e significativos. E essa avaliação será feita não apenas pelo governo, mas sobretudo em estreita coordenação com o setor privado”, afirmou Marcos Pereira.

Marcos Pereira concluiu afirmando que o Brasil tem “uma oportunidade real de obter ganhos efetivos com essa negociação. E de maneira concomitante a esse processo de maior integração comercial e abertura da economia brasileira, asseguro também nosso compromisso de buscar reformas internas estruturantes, que incrementem a competitividade da produção brasileira e permitam potencializar as vantagens que esse acordo proporcionará”.

Participaram do evento o presidente da CNI, Robson Andrade; o secretário geral do Ministério das Relações Exteriores, Embaixador Marcos Galvão; o secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho; e o ministro Haroldo Ribeiro, do Ministério das Relações Exteriores.

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

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