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10/12/2015
Em debate com empresários, Monteiro destaca avanços no comércio com Estados Unidos
 
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, participou nesta quinta-feira da abertura do Fórum Estadão sobre exportação. Monteiro apresentou o resultado das ações executadas ao longo do ano, iniciado com a elaboração da política comercial brasileira, apresentada ao público em junho deste ano com o Plano Nacional de Exportações, cujo objetivo é ampliar a inserção brasileira em mercados prioritários.

Monteiro ressaltou ainda a importância do mercado norte-americano, que é o principal destino das exportações de produtos manufaturados brasileiros. O ministro lembrou que o primeiro grande avanço das rodadas do diálogo comercial entre o MDIC e o Departamento de Comércio norte-americano (DoC) foi o acordo assinado entre a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer) e a Tile Council of North America (TCNA), estabelecendo processos e etapas para se alcançar a convergência regulatória do setor, com foco na harmonização de normas técnicas.
O ministro afirmou que desde janeiro o MDIC vem ampliando as ações para que empresas e produtos brasileiros tenham acesso a mercados com maior dinamismo, seja por meio da conclusão de novos acordos – nos planos bilateral, regional e multilateral – ou da abertura de negociações em áreas como bens, serviços, facilitação de comércio, regulamentos técnicos e compras governamentais.
Ele citou como exemplo a renegociação dos acordos automotivos com Argentina e México; e um novo acordo com a Colômbia. Com o Uruguai, o Brasil assinou acordo automotivo que estabelece livre comércio de bens do setor automotivo – automóveis de passageiros, ônibus, caminhões, máquinas agrícolas, autopeças, chassis e pneus.
Monteiro citou também os Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFIs) firmados com México, Colômbia, Chile, Angola, Moçambique e Malaui, bem como o trabalho executado para antecipar cronogramas previstos nos Acordos de Complementação Econômica (ACEs) em vigor com 13 países.
Câmbio

O patamar favorável do câmbio para as exportações foi citado pelo ministro Armando Monteiro, que destacou ainda a necessidade de se avançar ainda em temas como logística e estrutura tarifária para incentivar o movimento exportador brasileiro. Monteiro ressaltou que as exportações brasileiras representam 10% do PIB nacional, índice baixo quando comparado aos padrões internacionais.

O ministro falou ainda sobre a necessidade de o setor privado respaldar o movimento, conduzido pelo governo federal, de ampliar a participação brasileira na rede de acordos internacionais e acordos comerciais. "É imprescindível que o setor privado assuma uma postura pró abertura comercial. Entendemos que quem não estiver integrado a essas redes terá sua sobrevivência ameaçada", disse.

O secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, em sua fala, destacou que as cadeias
globais de valor são uma realidade inexorável. "Dentro dessa lógica econômica, o Brasil terá que se inserir nessas cadeias e teremos que avançar em acordos com maior abrangência temática", disse.

Godinho explicou que os acordos têm evoluído para inserir temas para além dos bens. "É cada vez mais comum o interesse em se negociar acordos que englobem, por exemplo, o comércio de serviços", disse. O secretário citou os serviços bancário, postal, de TI, arquitetura, engenharia e jurídico como os principais setores para essas discussões.
Portal Único de Comércio Exterior
A diretora do Departamento de Competitividade no Comércio Exterior da Secex, Ana Junqueira, participou do evento no painel sobre Facilitação de Comércio, apresentando o trabalho que vem sendo desenvolvido na implementação do Portal Único de Comércio Exterior.

Ana explicou que, em 2013, o MDIC mapeou gargalos incidentes nos processos de exportação e importação e a partir daí foi traçada uma estratégia, com metas, com o objetivo de deixar o comércio exterior brasileiro mais eficiente.

"Para se ter uma ideia, observamos casos em que o operador precisa digitar 17 vezes o CNPJ da empresa para concluir uma exportação", disse. As entradas repetidas de dados são um dos gargalos que o MDIC vem coordenando para ser superado. Segundo Ana, com a evolução da implementação do sistema, o operador fará uma única entrada dos dados, facilitando as exportações e as importações.
Também participaram do evento Davi Barioni, presidente da Apex-Brasil, que patrocinou o evento; Rafel Benke, presidente do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI); e Thomaz Zanotto, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC
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